Sindicatos dos EUA defendem rejeição de compra da MGM pela Amazon

Publicado em 23 nov 2021, às 09h23. Atualizado às 09h25.

WASHINGTON (Reuters) – Quatro grandes entidades sindicais defenderam nesta segunda-feira que a agência de proteção dos consumidores e da concorrência (FTC) dos Estados Unidos se oponha à compra da Metro-Goldwyn-Mayer Studios pela Amazon, afirmando que o negócio vai reduzir a competição no mercado de streaming de vídeo.

A Amazon anunciou a oferta de 8,45 bilhões de dólares em maio, afirmando que a compra do famoso estúdio de cinema dos Estados Unidos, que detém franquias como a James Bond, daria à empresa um acervo de filmes e programas de televisão para que possa competir com rivais como Netflix e Disney+.

Os sindicatos, em um estudo produzido por uma entidade que eles chamaram de “Strategic Organizing Center”, argumentam que o negócio vai levar o acervo da Amazon para mais de 55 mil títulos, sem contar os em desenvolvimento, o que dará à empresa um incentivo maior para promover discriminação contra rivais. A Netflix tem o segundo maior catálogo, com pouco menos de 20 mil títulos, segundo o documento.

“A perspectiva da Amazon adquirir uma série de conteúdos adicionais da MGM deveria soar alarmes”, afirmou o grupo. “Com o controle do vasto acervo da MGM, a Amazon vai ter suficiente poder no mercado de streaming para elevar preços para competidores ou consumidores.”

As entidades sindicais –Service Employees International Union, International Brotherhood of Teamsters, Communications Workers of America e United Farmworkers– enviaram a carta a Holly Vedova, diretora do gabinete de concorrência da FTC.

(Reportagem de Diane Bartz)

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