Olá! Seja bem-vinda(o) ao seu novo espaço para conversarmos sobre… tudo! Bem, não sobre absolutamente tudo – embora eu até goste de cozinhar, e mais ainda, de comer, você não vai encontrar conteúdo sobre culinária nesse espaço. Mas sobre tudo que, de alguma maneira, se relaciona ao que se convencionou chamar de NOVA ECONOMIA

Meu objetivo é trazer para cá ideias que estejam conectadas com todas as transformações que estão acontecendo no mundo à nossa volta. Não apenas falar de tecnologia, mas também de comportamento. Não apenas discutir inovação, mas também o impacto concreto e direto nas nossas vidas. Sempre, com o compromisso de trazer insumo para reflexão, mas sem cair nos modismos e na armadilha das “fórmulas prontas”. Até porque, não acredito nelas. Acredito, sim, em trabalho e protagonismo. E, já que é assim, escolhi, para esse primeiro texto, falar exatamente disso: protagonismo.

Você provavelmente notou que mais e mais reportagens por aí tem feito chamadas do tipo “O Futuro de [insira aqui algum setor ou tecnologia]”. Todos somos, em certa medida, temerosos acerca do futuro. Essas reportagens tentam mostrar como nossos negócios e carreiras estarão daqui a 5, 10 ou até mesmo 20 anos.

Mesmo assim, tenho percebido que, muitas vezes, falta uma parte importante nessa equação futurista: as pessoas

Parece ter virado moda falar sobre inovação e futuro e vejo cada vez mais empresas e profissionais tentando entender as mudanças que estão por vir. O grande problema é que, da forma como muitas reportagens, especialistas e profissionais falam, parece que essas mudanças simplesmente acontecem. 

Que existirá um momento específico, como no dia 23 de outubro de 2025, onde iremos atingir, de vez, o tal do futuro. Esse futuro simplesmente irá chegar. Ele é implacável e imutável. 

Onde está o protagonismo?

Desde quando o futuro se tornou algo que simplesmente acontece?

É comum encontrarmos notícias ou reportagens afirmando que a tecnologia X, Y ou Z é o futuro da indústria A, B ou C. Sem dúvidas, as tecnologias serão grandes drivers de mudanças em diversas áreas. Isso é algo que vem acontecendo há milênios. 

Mas e as pessoas?

Por que temos dificuldade de colocar as pessoas nessa história toda? Esse tal de “futuro” não é algo que simplesmente chega e muda tudo de vez. Isso nos coloca em uma posição passiva. 

Se encararmos o futuro como algo que está para chegar, jamais iremos nos enxergar como protagonista desse futuro. 

O primeiro passo para mudar isso é ver o futuro como algo QUE JÁ ESTÁ ACONTECENDO. Simplesmente por que o futuro nada mais é do que o resultado das nossas várias pequenas ações ontem e hoje. 

Acho extremamente esquisito ver pessoas preocupada com máximas como “Os robôs vão tomar o meu emprego?”, como se, de um dia para o outro, robôs surgissem e simplesmente nos deixassem para trás. 

O futuro JÁ ESTÁ SENDO CRIADO. Se você tem medo de que os robôs tomem o seu emprego, por exemplo, não deveria se colocar em uma posição passiva e esperar que o futuro chegue. Deveria se colocar em uma posição de protagonismo das mudanças

E isso serve para qualquer pessoa ou empresa. 

Enquanto enxergamos o futuro como um acontecimento quase único que muda todo o curso da história, estaremos nos colocando em uma posição passiva. Como alguém que simplesmente é atingido e recebe os acontecimentos. 

Minha visão é de que precisamos nos ver como protagonistas. Ao invés de sermos atingidos e receber o que acontece, criarmos e construirmos o futuro. Pense sobre alguns dos empreendedores mais admirados de todos os tempos. Bill Gates. Steve Jobs. Jeff Bezos. 

Você acha que algum deles enxergava o futuro de modo passivo? Que as grandes tendências simplesmente aconteceriam?

Gates, Jobs e Bezos foram capazes de criar negócios tão revolucionários justamente por enxergar as tendências e TOMAR UMA AÇÃO em relação a elas. Eles não simplesmente falavam sobre o futuro. Eles o construíram.

O futuro não é esse lugar distante no qual chegaremos em alguns anos. O futuro é hoje. Precisamos de mais e mais protagonistas construindo o futuro todos os dias. 

O que precisamos é de mais protagonismo e menos gente falando ou com medo do futuro. 

Afinal, o mundo foi, é e sempre será construído por protagonistas