“Netflix do EAD”: Edtech fatura R$ 1,2 milhão em 2020 com soluções all in one durante a pandemia

por Jhonas Campos
com informações da NoAR Comunicação
Publicado em 5 out 2020, às 20h36. Atualizado às 20h37.

Em meio às incertezas do retorno das aulas presenciais em todo o Brasil, a Videofront – edtech criada em 2019 com especialização em soluções EAD – observou durante a pandemia da Covid-19 um crescimento expressivo dos seus negócios. Desde março, a empresa cresceu 110%; com um faturamento até o momento de R$ 1,2 milhão, a startup espera encerrar o ano em R$ 2 milhões e com o Prêmio Mais Digital na bagagem, que avalia o potencial e preparo da empresa no segmento.

“A plataforma surgiu como uma solução all in one (tudo em um lugar só) para muitos parceiros, em especial professores de institutos e universidades federais, com 3 mil professores utilizando a ferramenta”, explica o COO da Videofront, Pedro Zanré. “Essa premiação do Mais Digital é consequência disso: somos uma edtech preparada para essa aceleração de tendências do EAD que ocorre em 2020”.

Todas as soluções de conteúdo educacional em um só lugar

Criada há dois anos, a startup vem de um background experiente: foi criada com o know-how de tecnologias homologadas e testadas por 100 mil alunos do Grupo CERS, em que Zanré foi gerente de produção audiovisual e inovação por 11 anos.

Desde 2009 no mercado de cursos para concursos e Exame da OAB online, o CERS é pioneiro em ensino a distância no ramo jurídico e hoje é um dos maiores grupos de educação continuada para esse segmento oferecendo até o mestrado. Com a possibilidade que o EAD traz de descentralização do corpo docente, fez com que o CERS se destaque por compor uma equipe qualificada de professores cuidadosamente escalados de acordo com suas formações e especialidades. Com isso, veio a necessidade de investir em inovação e tecnologia para educação online e foi aí que nasceu a Videofront, um spin-off que virou empresa do grupo.

A Videofront tem sete modalidades de serviço, todos voltados à educação a distância que funcionam da seguinte forma: o EAD Meeting (sala de aula virtual ao vivo); o My Home Studio (produção de vídeos descomplicada e autoral); a Videoteca (conteúdo personalizado e organizado, protegido contra pirataria); o FaceAuthentic (app que garante autenticação facial em qualquer LMS do mercado); a OTTFlix (venda de conteúdo autoral de forma descomplicada); o Video App (plataforma para assistir aos vídeos off line); e, por fim, o Transcription (legenda de vídeos que são transcritos com 95% de precisão).

“Esse conhecimento da área adquirida pelo pioneirismo do Grupo CERS no EAD jurídico foi fundamental para a criação das nossas soluções all in one, que se dividem em três pilares essenciais: produção, gestão e distribuição do conteúdo”, reforça ele, que explica que, atualmente, nenhuma outra concorrente contempla as três possibilidades em um único serviço.

Ministério da Educação e Sebrae-PA entre os clientes da plataforma integrada

A Parceria com professores de universidades federais se dá no formato de conteúdo “My Home Studio”, espécie de “Netflix do EAD” que permite exibir aulas gravadas para os alunos. Além disso, há uma solução para produtores de conteúdo que querem monetizar o seu material, chamada de “OTTFlix”.

“A OTTFlix tem integração de plataformas à escolha do cliente, com ao menos 5 gateways de pagamento do mercado, além de um visual e estilo semelhante ao de grandes empresas de streaming”, explica Zanré. “Além de ser multiplataforma, é um serviço que permite customização, download do conteúdo produzido e espelhamento do smartphone para a TV, entre outras funcionalidades, que dinamizam o gerenciamento de materiais”.

Atualmente, os principais clientes da Videofront são diretores e empresas de cursos livres, além de educadores. Sebrae Pará, Universidade do Rio Verde, Aprova Concursos e três faculdades públicas municipais são alguns dos clientes que utilizam uma ou mais ferramentas da edtech.

“Hoje, a Videoteca (ferramenta de gestão de conteúdo) é o produto que mais tem destaque no B2B”, afirma Zanré. “Estamos competitivos em relação a formatos com o Vimeo, por conta da alta do dólar que encareceu as plataformas estrangeiras”.