Mídia israelense pede que Facebook e Twitter impeçam incitação contra jornalistas

Publicado em 25 maio 2021, às 15h47. Atualizado às 15h49.

Por Steven Scheer

JERUSALÉM (Reuters) – Um grupo de veículos de mídia israelenses pediu uma “ação decisiva” do Facebook e do Twitter contra as ameaças e incitações virtuais crescentes de violência contra jornalistas.

As 14 principais redes de televisão, jornais, estações de rádio e sites de notícias de Israel disseram em cartas de seus advogados enviadas por email, vistas pela Reuters, que as ameaças e o discurso de ódio aumentaram nas últimas semanas, particularmente durante o conflito de 11 dias com militantes palestinos na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas.

“Estes grupos de mídia… compartilham todos um sentimento de urgência em relação ao nível de perigo representado por estes tuítes e postagens e a necessidade para todos os envolvidos de se adotar uma ação decisiva nesta questão”, escreveu Noga Rubinstein.

O Facebook disse nesta terça-feira que estabeleceu um centro especial de operações neste mês para reagir a conteúdos a respeito do conflito israelo-palestino publicados em sua plataforma enquanto desinformação, discurso de ódio e clamores por violência circulam em plataformas de redes sociais.

O Twitter afirmou que apoia jornalistas e impõe uma diretriz clara que proíbe as pessoas de emitirem ameaças violentas contra outras, além de políticas para comportamento abusivo e conduta raivosa.

As cartas ressaltam tuítes e postagens pedindo dano físico a jornalistas israelenses e rotulando-os como traidores ou inimigos do Estado de maneira a incentivar ou justificar ações violentas contra eles.

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