Lançamento do iPhone 12 tem reações mistas na China

Publicado em 14 out 2020, às 14h13. Atualizado às 14h15.

Por Josh Horwitz e Brenda Goh

XANGAI (Reuters) – O lançamento do iPhone 12 da Apple gerou reações mistas na China continental nesta quarta-feira, com fãs torcendo por um modelo 5G de sua marca favorita, enquanto outros planejavam esperar pelos lançamentos de rivais, como da Huawei.

O tão esperado lançamento da Apple vem na esteira de marcas chinesas da plataforma Android, como Huawei e Xiaomi, que já lançaram dispositivos 5G de última geração compatíveis com as redes de telecomunicações atualizadas da China, com a gigante dos EUA parecendo chegar atrasada para a festa.

Em seu segundo maior mercado em receita, o anúncio da Apple foi discutido nas redes sociais. Com mais de 6 bilhões de visualizações, a tag ‘iPhone12’ foi classificada como a nº 1 tópico no Weibo da China, semelhante ao Twitter.

Disponível para pedidos na China a partir de 16 de outubro, o iPhone 12 custará 5.499 iuans (815 dólares) para uma versão ‘mini’, chegando a 11.899 iuans para o top da linha.

Ainda assim, analistas se disseram otimistas com a recepção do iPhone 12 na China, dizendo que a empresa provavelmente ainda tem muitos usuários fiéis que adiaram a atualização dos aparelhos até o lançamento do iPhone 12 compatível com 5G.

Com o novo modelo em vista, a empresa de pesquisas Canalys revisou recentemente sua previsão de remessas de iPhone para a China no quarto trimestre de 2020 para um aumento de 14% ano a ano, ante previsão anterior de queda de 1%.

“Na China agora, o 5G não é um recurso premium, é um recurso obrigatório”, disse Nicole Peng, que acompanha o setor de smartphones da China na Canalys.

A Canalys espera que 50% dos donos de telefones chineses usem dispositivo 5G até o fim de 2020, já que as redes e marcas de telefones têm pressionado agressivamente a adoção. Apenas 29% dos donos de telefones nos EUA usarão 5G até dezembro.

A Apple também pode se beneficiar de um desmoronamento de sua principal rival, a Huawei, que pode ver sua divisão de smartphones entrar em colapso no ano que vem devido às restrições dos EUA no fornecimento de chips.

Por outro lado, há a preocupação de a Apple ser vulnerável às crescentes tensões geopolíticas entre os EUA e China.

As remessas de iPhones na China do segundo trimestre cresceram 35% sobre um ano antes na China, segundo a Canalys.

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