Se a cultura da inovação já é um grande desafio para as capitais, imaginem nas regiões metropolitanas, muitas vezes com cidades de perfil bastante diferenciado. Acontece que estes municípios têm uma relação muito intensa e diária com a grande cidade que ancora a região metropolitana, e aqui em Curitiba não é diferente.

Na semana passada, a Região Metropolitana de Curitiba deu um grande passo para compartilhar a inovação em todos os seus municípios. A Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae/PR) e a Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec) assinaram um termo de cooperação para o mapeamento do Ecossistema de Inovação da Grande Curitiba.

O levantamento é fundamental para o crescimento sustentável da região, pois mostrará a diversidade do ecossistema de inovação, formado por poder público, universidades, startups, empresas, entidades de fomento, empreendedores e setor criativo. Serão identificados também os ativos tecnológicos da região, para que possam ser impactados e estimulados a melhorar suas performances.

Curitiba vive um excelente momento de inovação e economia criativa, mas não tenho dúvidas que muitas iniciativas interessantes também permeiam os municípios ao redor. Com o levantamento, será possível criar um Ecossistema Metropolitano de Inovação, como disse o prefeito Rafael Greca.

Já percebemos um desejo de muitos municípios da Grande Curitiba de se conectar ao Vale do Pinhão, movimento da Prefeitura e do ecossistema da capital para a educação empreendedora, o incentivo à implantação de tecnologia, a reurbanização focada na economia criativa, o fomento a startups e empresas de tecnologia e integração e articulação do ecossistema. Com o diagnóstico em todas as cidades da região, essa conexão poderá ser feita de forma planejada e eficaz. Será possível avaliar o nível de maturidade do ecossistema de inovação e definir os setores prioritários para que possa ser elaborado um plano de ação e de projetos estruturantes com inovação. Importante envolver as prefeituras, buscando capacitar a vocação inovadora de seus técnicos.

O movimento será recíproco. Tenho certeza que o estudo irá identificar muitas ideias e bons projetos nessas cidades menores, cuja escalabilidade pode deslanchar se passar pela capital ou se for levada aos demais municípios, afinal, estamos falando de uma região com três milhões de habitantes.

É uma parceria que vem em boa hora e na qual temos que destacar a participação do Sebrae, que cumpre uma agenda muito dinâmica pela inovação no Paraná. O trabalho começa imediatamente, até fevereiro o mapeamento estará pronto. Com inovação tem que ser assim, compartilhamento, parceria e velocidade.