GM fornecerá baterias e células de hidrogênio para locomotivas Wabtec

Publicado em 15 jun 2021, às 16h55. Atualizado às 17h01.

Por Ben Klayman

DETROIT, Estados Unidos (Reuters) – A General Motors fornecerá baterias e sistemas de células de combustível de hidrogênio para locomotivas da Wabtec, movimento que estende o alcance da montadora para fora do setor automotivo.

A Wabtec, com sede em Pittsburgh, está desenvolvendo locomotivas movidas por baterias e células de combustível de hidrogênio, em resposta à demanda da indústria ferroviária para eliminar emissões de carbono. Ela produz uma locomotiva elétrica que está em testes e pretende montar uma versão de segunda geração, com entregas a partir de 2023.

“A indústria ferroviária está à beira de uma transformação sustentável com a introdução de baterias e hidrogênio para abastecer frotas de locomotivas”, disse o presidente-executivo da Wabtec, Rafael Santana, em comunicado.

De acordo com o memorando de entendimento não vinculante, a GM fornecerá baterias Ultium e células de hidrogênio Hydrotec. Os termos do acordo não foram divulgados.

A bateria Ultium é uma parte fundamental da estratégia da GM para lançar veículos elétricos eficientes e o acordo com a Wabtec ajudará a companhia a distribuir custos de desenvolvimento. A GM também está desenvolvendo um caminhão movido a célula de combustível de hidrogênio com a fabricante de caminhões Navistar.

Em maio, a Wabtec anunciou que sua locomotiva elétrica FLXdrive entregou redução média de mais de 11% no consumo de combustível e emissões de gases de efeito estufa, evitando cerca de 69 toneladas de emissões de CO2.

A locomotiva elétrica com capacidade de bateria de 2,4 megawatts hora (MWh) usa 18 mil células de íon-lítio, disse o diretor de tecnologia da Wabtec, Eric Gebhardt. Ela gera energia em grande parte por meio da frenagem regenerativa.

A empresa pretende construir uma locomotiva elétrica de segunda geração com bateria de mais de 6 MWh, nível que pode reduzir o consumo de combustível e as emissões de carbono em até 30%. Gebhardt comparou essa capacidade a 100 carros da Tesla.

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