Em meio ao coronavírus, startup abre a primeira loja autônoma em condomínio de Curitiba

por Angelo Binder
Conteúdo Comando News com assessoria
Publicado em 9 abr 2020, às 00h00.

Em meio à crise gerada pela pandemia da Covid-19, a startup Onii inaugura nesta semana em Curitiba a primeira loja autônoma em condomínio residencial da cidade. Com um aplicativo instalado no celular, os moradores do residencial Luggo Lindóia vão entrar no espaço e comprar os produtos desejados, sem precisar interagir com ninguém.

A empresa trouxe para o Brasil um modelo inspirado nas lojas de conveniência Amazon Go, da gigante varejista norte-americana. Para fazer suas compras, o cliente entra na loja com um QRCode obtido no aplicativo, que é lido pela fechadura da porta. Em seguida basta escanear os itens escolhidos no celular para que a compra seja creditada no cartão cadastrado.

A primeira loja da cidade é um modelo de nove metros quadrados e abre oferecendo produtos de conveniência, nas linhas de bebidas, snacks e mercearia, que permitem inclusive cozinhar refeições. O espaço tem duas gôndolas e duas geladeiras e o abastecimento é garantido por um aplicativo de controle de estoque.

Por causa do coronavírus, a empresa está abrindo espaço para que produtores locais possam oferecer seus produtos dentro da loja, conta Rafael Pereira, licenciado da Onii em Curitiba.

Outros produtos podem entrar no mix conforme a demanda apresentada pelos moradores do Luggo Lindóia, condomínio com 128 apartamentos, que também está sendo entregue nesta semana para o mercado.

A pandemia acelerou a expansão da rede de lojas. Em março, a empresa fechou 80 contratos para a instalação de unidades similares no estado de São Paulo.

Há duas semanas, quando a população entrou em isolamento, a procura por lojas cresceu. “Estamos instalando em regime emergencial novas unidades”, diz Ricardo Podval, fundador da empresa. Além de Curitiba, novas unidades estão sendo abertas em Londrina, no Norte do Paraná, e em várias cidades de São Paulo e Minas Gerais.

O projeto da Onii prevê que a instalação das unidades seja custeada pela empresa, mas a operação precisa ser terceirizada. A preferência é para um morador do condomínio, que fica com 90% do valor de faturamento da loja. “O plano é que elas sejam geridas por moradores com mais de 60 anos, para gerar trabalho e renda para essa população”, diz Podval.