O que professores precisam fazer para se adaptarem às aulas online

por Angelo Binder
conteúdo Comando News
Publicado em 19 abr 2020, às 00h00.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) estima que metade dos estudantes em todo o mundo, 850 milhões de crianças e adolescentes de 102 países, terão de ficar em casa por meses.  No Paraná, as aulas em toda a rede de ensino, público e particular estão suspensas desde o dia 20 de março e, segundo o governador Ratinho Junior, dificilmente voltam ainda neste semestre. 

A necessidade de distanciamento social acelerou o processo de transformação digital em diversas áreas, incluindo a educação. De uma hora para outra, alunos, professores e pais tiveram de se adaptar a uma nova rotina de estudos. Agora, ao invés do tradicional sistema presencial de ensino, as escolas e os alunos tentam se adaptar a um novo modelo de ensino. Segundo o Fórum Econômico Mundial, a pandemia do novo coronavírus está mudando a forma como milhões de pessoas são educadas. Abriu-se uma brecha para que novas abordagens pedagógicas, com uso de tecnologias, sejam implementadas como alternativas às salas de aula fechadas. 

Estudantes e professores precisam ressignificar o uso da internet 

“Quando pensamos nos recursos didáticos, novas formas de trocas e relacionamento entre professores e estudantes serão intensificadas daqui em diante. Neste contexto de isolamento, plataformas de aprendizagem digitais e ferramentas de comunicação virtuais tornaram-se imprescindíveis”, afirma Mauro Romano, educador parental, professor de Matemática e sócio-diretor da Geekie. 

O estudante do século XXI é nativo digital e, agora, está tendo a oportunidade de desenvolver novas competências que podem acompanhá-lo durante a vida. “Esse novo modelo de ensino a distância traz novos significados à internet que vão além do entretenimento e do lazer. A responsabilidade do uso e a consciência dos riscos e oportunidades que o mundo virtual traz é uma grande lição. Coordenadores, professores e famílias poderão ampliar a capacidade de apoio e acompanhamento a partir de dados e evidências oferecidos por um ambiente de aprendizagem digital”, ressalta Mauro.

Lives e vídeos nas redes sociais podem ajudar a engajar e envolver os alunos

A especialista em redes sociais e mestre em educação, Mikie Magnere, sugere algumas dicas práticas para que professores e alunos mantenham a interatividade, enquanto o distanciamento social durar. “Os professores podem criar grupos das turmas no Facebook e no WhatsApp para trocar ideias, por exemplo. Além disso, podem usar as contas no Instagram para compartilhar vídeos e abrir lives para responder às dúvidas dos alunos. Essas atividades vão aumentar a proximidade e a interação com os alunos. Outro recurso interessante são as ferramentas de gratuitas de videoconferência como o ZOON e GoogleMettings que podem ser utilizadas como sala de aula virtual”. 

Manter a proximidade e o engajamento do aluno com a escola nesse período de crise é, realmente, um desafio que pais e professores devem encarar juntos ao redor do mundo. “Diante do novo e do inesperado, é natural que se instale algum tipo de tensão e ansiedade. Mas, uma nova geração de aprendizes, mais capaz e mais atenta, está nascendo. Talvez esse seja o momento ideal para promover a tão necessária e desejada transformação da educação”, finaliza o diretor da Geek.  

Sobre Mikie Magnere
Mikie Magnere é graduada em Gestão da Informação, mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná e especialista em Marketing Digital. Trabalha com Redes Sociais há mais de 14 anos, desde a época do finado Orkut. Seu objetivo é apoiar e fortalecer empresas e pessoas com técnicas de Marketing Digital.