Código original da World Wide Web é colocado em leilão como NFT
Por Guy Faulconbridge
LONDRES (Reuters) – O código original que criou a World Wide Web e foi escrito pelo físico Tim Berners-Lee foi colocado em leilão na Sotheby’s como parte de um token não fungível (NFT), com os lances começando em 1.000 dólares.
O britânico Berners-Lee inventou a World Wide Web em 1989, revolucionando a forma como as pessoas criam e compartilham informação. A rede mundial de computadores é vista como uma das invenções mais significativas desde a impressão em papel que surgiu na Europa no século XV.
Um NFT é um ativo digital único que registra sua propriedade. O NFT do código da WWW é baseado na blockchain Ethereum e inclui a programação original, uma visualização animada, uma carta escrita por Berners-Lee e um poster digital do código completo dos arquivos originais.
“Por que um NFT? Bem, é uma coisa natural de se fazer… quando você é um cientista de computador e quando você programa por muitos anos”, disse Berners-Lee em comunicado. “Parece correto assinar digitalmente meu autógrafo sobre um artefato completamente digital.”
Os arquivos contêm 9.555 linhas de código incluindo implementações das três linguagens e protocolos inventados por Berners-Lee: HTML (Hypertext Markup Language), HTTP (Hypertext Transfer Protocol), e URIs (Uniform Resource Identifiers).
Eles também incluem documentos originais em HTML que ensinavam os primeiros usuários da internet a como utilizar a aplicação.
Enquanto trabalhava no centro de pesquisa de física CERN, na Europa, em 1989, Berners-Lee escreveu sua visão para o que inicialmente chamou de “Mesh”.
O chefe dele na época escreveu “vago mas emocionante” na capa do paper Berners-Lee de 1989, chamado de “Information Management: A Proposal” (“Gestão de Informação: Uma Proposta”).
Em 1990 Berners-Lee estava criando uma aplicação que ele chamou de “WorldWideWeb”. Ela foi originalmente desenvolvida na linguagem de programação Objective C em um computador da NeXT.
“A invenção de Sir Tim criou um novo mundo, democratizou o compartilhamento da informação, criou novas formas de pensamento e interação e de conexão um com o outro”, disse Cassandra Hatton, diretora global de ciência e cultura popular da Sotheby’s.
(Por Guy Faulconbridge)