Apple iniciou desenvolvimento de serviço fitness virtual muito antes da pandemia, dizem executivos

Publicado em 17 set 2020, às 12h05. Atualizado às 12h07.

Por Stephen Nellis

(Reuters) – O novo serviço de sessões fitness online da Apple, desenvolvido para funcionar com o Apple Watch, foi uma extensão planejada de longa data dos recursos fitness do relógio, em vez de uma reação rápida a uma pandemia que fechou muitas academias, disseram executivos da empresa em entrevista.

O serviço Fitness+ é a primeira assinatura da Apple voltada para gerar receita diretamente com o dispositivo que vende desde 2014.

A assinatura, que a Apple disse que será lançada até o final do ano, tem novos treinos a cada semana filmados por uma equipe de treinadores em um estúdio especialmente construído em Los Angles e se concentra em exercícios que exigem pouco ou nenhum equipamento de ginástica, usando os sensores do Apple Watch para monitorar o progresso.

Muitos analistas viram o serviço, que foi anunciado na terça-feira, bem programado para um mundo de trabalho remoto. Mas o vice-presidente de operações da Apple, Jeff Williams, disse em entrevista na quarta-feira que o desenvolvimento do serviço começou “há um bom tempo”. Ele o descreveu como “uma extensão natural do objetivo do Apple Watch, que é ajudar as pessoas a terem um dia melhor”.

Assim que as academias forem reabertas, o serviço Fitness+ também funcionará com equipamentos de ginástica compatíveis, como esteiras inteligentes. O serviço custará 10 dólares por mês ou 80 dólares por ano.

Jay Blahnik, diretor sênior de tecnologias fitness da Apple, disse que o objetivo do serviço é atingir um público tão amplo quanto possível e que a Apple tem como objetivo reunir um grupo diversificado de instrutores.

“Temos treinadores na casa dos 20, 30, 40, 50 e até 60 anos. Mostrar esse tipo de diversidade foi muito importante para nós porque a forma como nos movemos e treinamos é diferente à medida que envelhecemos”, disse Blahnik.

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