Tendências para os próximos anos têm o ESG como base

Publicado em 24 ago 2023, às 17h16. Atualizado em: 25 ago 2023 às 14h10.

Com o objetivo de identificar mudanças em comportamentos, mercados de trabalho, ambientes de negócios e hábitos de consumo num horizonte de três a cinco anos, foi lançado o e-book Tendências Sistema Fiep 2023. Produzida pelo Observatório Sistema Fiep, a publicação enumera 12 fenômenos emergentes nas áreas de tecnologia, educação, saúde, negócios e ESG, buscando indicar caminhos e oportunidades para a sociedade e as empresas paranaenses.

“O principal objetivo da publicação é oferecer insights para um público amplo, como empresários, gerentes, governantes, tomadores de decisão, planejadores, gestores educacionais, estudantes e cidadãos”, explica a gerente executiva do Observatório, Marilia de Souza.

A seguir, confira as principais tendências ligadas ao ESG

Policrise

Confluência de múltiplas crises exigirá diferentes estratégias de adaptação e reavaliação de prioridades.

O Ebook lembra que desde janeiro de 2023, quando aconteceu o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), uma palavra reverbera: a policrise. De acordo com a pesquisa, ela “expressa um aglomerado de riscos globais atuais e futuros: inflação crescente, polarização sociopolítica, tensões geoeconômicas e mudanças climáticas” que, juntas, desafiam líderes políticos e empresariais.

Tendo como exemplo o julho mais quente de todos os tempos, a mudança climática será a maior ameaça ambiental, social e econômica. “Até 2030, os compromissos de mitigação precisarão crescer de três a seis vezes em relação aos números atuais para que o aquecimento global permaneça abaixo do limiar de 1,5 grau Celsius”, aponta o estudo. 

As oportunidades apontadas são:

– EQUILÍBRIO ENTRE GLOBAL E LOCAL

– ENFRENTANDO A CRISE CLIMÁTICA DE FRENTE

– PREPARAÇÃO POLÍTICA PARA DESASTRES

Despertar ativista 

Plataformas digitais potencializarão o engajamento de consumidores, empreendedores e cientistas

A pesquisa do Observatório aponta que a internet está consolidada como “mola mestra” para o crescente envolvimento da sociedade em temas como mudanças climáticas, justiça racial e desigualdade de gênero. O uso de hashtags tornou-se 

imprescindível para novos movimentos de direitos civis como #BlackLivesMatter e #MeToo”. De acordo com essa tendência, o engajamento digital aproxima marcas e consumidores para um mundo mais inclusivo, sustentável e resiliente.

“O ativismo do consumidor aumentará a pressão sobre corporações e instituições financeiras. Indivíduos atrelarão compras e investimentos a valores socioambientais e à percepção de que preocupação com o planeta é sinônimo de investimento em si e na própria família.”

As oportunidades apontadas são:

– ALÉM DAS HASHTAGS

– NARRATIVAS AUTÊNTICAS

– ALFABETIZAÇÃO MIDIÁTICA

Ascensão das comunidades

Propósito compartilhado será peça-chave para construir comunidades autênticas

O relatório aponta que “com o acirramento da competição por atenção no ambiente virtual, a mentalidade de comunidade nunca foi tão vital para o sucesso organizacional. A conexão autêntica entre marcas e consumidores vem se revelando como trunfo para operar em tempos difíceis, fortalecer sistemas internos e gerar impacto duradouro”. 

Por isso, as identidades corporativas seguirão em alta e o conceito de comunidade estará em torno de práticas, propósitos, locais ou conjuntos compartilhados por pessoas. Esse propósito comum será capaz de gerar resultados profundos que vão muito além do marketing.

As oportunidades apontadas são:

– CONEXÃO EMOCIONAL

– MÉTRICAS E DADOS DA COMUNIDADE

– COMUNIDADES INTELIGENTES

Economia de baixo carbono

Descarbonização depende de regulação, conservação florestal e transição energética

“Com fontes renováveis correspondendo a 44,7% de sua matriz energética – em contraste com 14,1% da média global –, o Brasil possui potencial para alcançar a neutralidade de carbono em oito anos”, aponta a pesquisa. Por isso, já não se fala mais “se”, mas “quando” a regulamentação do mercado acontecerá. E a transparência mostra-se essencial para atrair investidores. 

“A futura regulamentação passará pela consolidação de práticas publicitárias mais 

éticas e legítimas. A governança corporativa servirá não apenas para o monitoramento de processos internos, mas para observar a conduta de terceiros envolvidos com o negócio.” 

As oportunidades apontadas são:

– CADEIAS DE VALOR

– COMUNICAÇÃO TRANSPARENTE

– PAPEL DOS GOVERNOS

As quatro tendências demonstram como o ESG será essencial para as empresas que planejam se manterem competitivas e longevas. A boa notícia é que colocar a responsabilidade ambiental, social e de governança na estratégia das instituições não é um bicho de sete cabeças. Saiba como: sesipr.com.br/chamadasesiesg