Cooperativa: expansão e modernização resultam em benefícios para associados

Publicado em 21 jul 2022, às 17h14. Atualizado em: 6 set 2023 às 13h07.
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Existe uma forma de medir os avanços proporcionados por uma cooperativa no local onde ela atua? Essa foi a pergunta que guiou a terceira reportagem do Ric Séries em julho, o mês do cooperativismo. Temas como expansão, investimentos e modelo de economia são os destaques da matéria.

Cooperativas são responsáveis por mais da metade (53%) da produção de grãos no Brasil, que atualmente é de 262 milhões de toneladas, segundo dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (Sistema OCB). Esse número deve aumentar cerca de 27% até 2031 e chegar a 333 milhões, de acordo com estudo do Ministério da Agricultura (Embrapa) e Universidade de Brasília (UnB)

Investimentos e resultados das cooperativas

Tendo em vista o cenário futuro, as cooperativas devem começar, desde já, a se organizarem. Ações como essa fazem parte do planejamento estratégico da Coamo, maior cooperativa da América Latina. Investimentos previstos para expandir e modernizar suas mais de 110 unidades ultrapassam os 500 mil reais.

Airton Galinari, presidente executivo da Coamo, explica a lógica dessas aplicações. “A área de engenharia e recebimento de grãos prioriza os entrepostos que precisam de mais melhorias”.

A Coamo tem 120 unidades e está presente em três estados e 74 municípios. O estado do Mato Grosso do Sul (em especial as cidades de Ponta Porã, Rio Brilhante, Bandeirantes e São Gabriel do Oeste) é foco das ações de expansão da Cooperativa. Isso porque o movimento faz parte de um projeto para aumentar a capacidade de recebimento de grãos e reduzir o custo fixo das atividades, o que, no futuro, vai reverter em rentabilidade para os associados.

Galinari deixa claro o motivo dos investimentos em expansão: “Toda redução de custo fixo, que é o objetivo das novas unidades do Mato Grosso, são distribuídas para toda a cooperativa. Isso reverte em um melhor preço pago ao produtor”, esclarece.

Balanças automatizadas que reduzem o esforço do produtor, sistemas de amostragem, caladores pneumáticos, controladores lógicos programáveis (CLPS) que controlam válvulas automaticamente. Todas essas são melhorias propostas com os 520 milhões já destinados à criação de novas unidades e modernizações nas já existentes para os próximos dois anos. 

A partir da evolução dos modelos de plantio e colheita e automatizações frente à falta de mão de obra, o desenvolvimento regional como um todo acontece por meio da criação de novos empregos e geração de impostos. Assim, não só a comunidade se desenvolve como a cooperativa cresce. 

Modernização vai além 

A indústria passou a fazer parte não só das unidades agrícolas como do almoxarifado da cooperativa, que recebeu um sistema de verticalização. Essa mudança permitiu melhor acomodação de insumos e peças e otimizou o espaço, que agora pode armazenar mais produtos.

Edenilson Carlos de Oliveira é diretor de Logística e operações na Coamo. Ele garante que a otimização dos recursos é pensada para beneficiar os associados em primeiro lugar. “Hoje nós temos, dentro da Cooperativa, mais de 130 mil posições para porta pallets, parte nas indústrias, mas boa parte também para atendimento ao cooperado”. A melhoria permite outros avanços como o trabalho com empilhadeira, a agilidade no recebimento do fornecedor, trânsito mais ágil.

“Como fazemos várias operações simultaneamente na Cooperativa, ganhos de alguns minutos em ações isoladas resultam em um ganho extraordinário”. Exemplo disso é a LogiMAT, equipamento presente no almoxarifado que tem a função de organizar e buscar por pequenas peças. Máquinas como essa reduzem tempo, custo e aumentam a assertividade em atividades diárias de cooperados.

Carlos Ribeiro de Macedo tem 50 anos de associação à Coamo. Ao longo dessas cinco décadas, o produtor acompanhou de perto a transformação da unidade na qual atua, em Piquirivaí, distrito de Campo Mourão, no Paraná. A capacidade de armazenamento de grãos foi de 300 mil para 820 mil sacas. “A Coamo acolheu nossas propostas e recebemos um aumento dos silos. Não temos nada a reclamar”, relata.

No próximo domingo (24), durante o Ric Rural, a nova reportagem da série vai retratar o caminho dos produtos que saem do campo até as mesas das famílias. Começa às 9H da manhã com os apresentadores Rose Machado e Sérgio Mendes.

Um oferecimento: Coamo, a vida é a gente que transforma.