Bolsonaro promete 13º salário do Auxílio Brasil para mulheres em 2023

Publicado em 4 out 2022, às 21h26. Atualizado às 23h31.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu nesta terça-feira (4) o pagamento de um décimo terceiro do Auxílio Brasil para mulheres chefes de família somente a partir de 2023, iniciativa que poderá beneficiar 17 milhões de pessoas.

Em entrevista após receber apoio do governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), Bolsonaro disse que não poderia contemplar este pagamento este ano em razão da proibição pela legislação eleitoral.

Na véspera, a Reuters havia noticiado a intenção do presidente de tentar garantir a décima terceira parcela do benefício, em uma iniciativa na busca de votos para vencer a disputa ao Palácio do Planalto em segundo turno.

PSDB libera

A Executiva Nacional do PSDB decidiu na tarde desta terça liberar os diretórios estaduais e filiados no segundo turno das eleições presidenciais, após o partido –assim como na sucessão passada– ter ficado de fora da etapa final da disputa ao Palácio do Planalto. A iniciativa ocorre em meio à decisão do governador tucano de São Paulo, Rodrigo Garcia, de apoiar Bolsonaro no segundo turno.

Já o histórico tucano José Serra (SP), que disputou o Planalto contra o PT, anunciou em seu perfil do Twitter que votará no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que enfrenta Bolsonaro nas urnas. Na disputa estadual, no entanto, Serra preferiu apoiar o candidato bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos) contra o petista Fernando Haddad.

Na disputa pelo Planalto, o PSDB fez parte da coligação encabeçada pela senadora Simone Tebet (MDB), indicando a senadora tucana Mara Gabrilli como candidata a vice. A chapa ficou em terceiro lugar.

O PSDB já foi um dos mais importantes partidos do país, tendo governado o Brasil por dois mandatos com Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e eleito uma série de governadores de Estados importantes, como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Na atual eleição não elegeu um governador sequer no primeiro turno e viu suas bancadas minguarem no Congresso.

UNIÃO

No arranjo de apoios que começa a ser delineado na disputa pelo Palácio do Planalto, há ainda algumas incógnitas. O União Brasil, por exemplo, deu alguns sinais trocados. Enquanto o presidente da sigla, Luciano Bivar, mantém conversas com o PT, o vice-presidente da legenda, Antonio Rueda, esteve com o presidente Bolsonaro.

Dirigentes petistas avaliam que uma declaração de apoio enfrenta resistências da ala mais à direita do União, ao passo que uma fonte do partido avaliou que “a chance de apoiar oficialmente o presidente não existe”.

100%

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chegou nesta terça-feira a 100% das seções eleitorais apuradas no primeiro turno das eleições gerais, realizadas no domingo, informou a corte.

De acordo com a corte, dos 156,4 milhões de eleitores aptos a votar, 79,05% compareceram às urnas, e portanto a abstenção foi de 20,95%, em linha com a registrada em eleições anteriores.

Além de deputados federais, estaduais e distritais e senadores, 15 governadores foram eleitos ou reeleitos já no primeiro turno no domingo enquanto 12 Estados irão para o segundo turno, assim como a disputa pela Presidência, que será definida entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) –que teve 48,43% dos votos válidos na primeira votação– e Bolsonaro –que somou 43,20%.

PARLASUL APROVA

A delegação de observadores eleitorais do Parlamento do Mercosul (Parlasul) divulgou relatório preliminar sobre o primeiro turno das eleições brasileiras no qual afirma que o pleito “foi gerido de forma profissional” e “terminou de maneira exitosa, onde os brasileiros e brasileiras demonstraram uma conduta exemplar de forma pacífica e democrática”.

“A missão, saúda os cidadãos brasileiros que compareceram às urnas de forma ordenada, pacífica e democrática. E destaca a bem-sucedida realização do processo eleitoral, realizado no último dia 2 de outubro de 2022. Ao mesmo tempo, parabeniza a todas autoridades públicas envolvidas no esforço logístico e operacional”, afirma o documento.

(Por Eduardo Simões e Maria Carolina MarcelloEdição de Alexandre Caverni e Pedro Fonseca)