Vereadora suspeita de rachadinha é alvo de operação em Foz do Iguaçu
Como a vereadora é advogada regularmente inscrita, a operação do Gaeco contou com a presença do presidente da OAB/ Subseção de Foz do Iguaçu
O gabinete de uma vereadora de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, foi alvo de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), por suspeita de rachadinha. Além da Câmara Municipal, outros dois endereços ligados a vereadora foram alvo de mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (25).
Conforme a investigação, a vereadora, que foi eleita em 2020, é suspeita de envolvimento na prática da rachadinha, que é quando funcionários do gabinete devolvem parte dos salários, em troca de continuar no cargo. A operação foi denominada Cashback.
Além da vereadora, um ex-assessor parlamentar e policial federal aposentando, também é investigado pelo crime. As ordens judiciais foram executadas nas residências dos investigados, localizadas na cidade de Foz do Iguaçu, bem como na Câmara de Vereadores local, notadamente no gabinete da Vereadora. As medidas buscam o recolhimento de aparelhos celulares, documentos, computadores, valores em espécie e objetos ilícitos em poder dos investigados, para auxiliar na apuração de investigação que busca desvendar crimes contra a Administração Pública, além de eventual associação criminosa e lavagem de dinheiro.
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Por ser a vereadora advogada regularmente inscrita, a ação deflagrada contou com a presença do Presidente da OAB/Subseção de Foz do Iguaçu, além de membros da Comissão de Prerrogativas.
Câmara colabora com investigações
Em nota, a Câmara Municipal de Foz do Iguaçu informou que colobora com as autoridades nas investigações. Confira o comunicado:
A Câmara de Foz do Iguaçu colabora com a justiça em investigações que buscam a apuração de fatos envolvendo qualquer um dos seus membros. Na manhã desta quarta-feira, 25 de setembro, agentes do GAECO cumpriram busca e apreensão, se limitando a um gabinete, onde recolheram documentos e um HD. Como se trata de apuração que ocorre em segredo de justiça, as informações sobre os alvos e demais detalhes podem ser prestados pelo Ministério Público que comanda as investigações.
Defesa alega inocência de vereadora
A defesa da vereadora investigada classificou os mandados como ‘perseguição política’. Confira a nota assinada pelos advogados Elias Mattar Assad, Thaise Mattar Assad, Anis Sobhi Issa e Cassiana Parisotto:
A busca e apreensão realizada a apenas 11 dias das eleições, é grave manifestação de evidente perseguição política que sofre a candidata.
Não há sequer indício da existência de qualquer crime, tanto é verdade que o pedido do GAECO foi negado pela Justiça de Foz do Iguaçu e deferido apenas pelo Tribunal de Justiça, o qual, entendemos que foi gravemente induzido em erro.
Tratam-se de fatos inverídicos que estão sendo utilizados por inimigos políticos da candidata.
A vereadora está à disposição da Justiça, da população e permanece de cabeça erguida, em firme campanha política, pois não tem nada a temer com qualquer investigação movida por interesses escusos de inimigos políticos da Vereadora.
Provará a inocência!
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