"Vai viver na alma e no coração", diz Rafael Greca após sepultamento de Margarita
O prefeito de Curitiba e marido de Margarita lembrou da trajetória da primeira-dama, que criou diversos projetos sociais ao longo dos anos
Margarita Sansone foi homenageada pelo prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PSD), após o sepultamento da primeira-dama da cidade. O enterro teve início às 15h desta quarta-feira (21), no túmulo da família Bernardo Pericás Moya, no Cemitério Municipal São Francisco de Paula.
“A minha mulher vai viver eternamente na alma e no coração dos curitibanos. Não houve dama mais gentil. Pode ter a vida igual, mas melhor não houve. É mais gentil, mais inteligente, mais preparada e mais disposta ao serviço. Ela tinha sempre em mente que o nosso dever era servir, que um prefeito e uma primeira dama são feitos para servir, não para se servir do cargo. E essa é a Escola da Margarita, uma escola de ternura, de compaixão, de misericórdia. […] Eu entreguei Margarita nos umbrais da eternidade, mas o seu espírito está dentro de mim, aqui, no meu coração curitibano”, disse Rafael Greca em entrevista à RICtv.
Eu entreguei Margarita nos umbrais da eternidade, mas o seu espírito está dentro de mim, aqui, no meu coração curitibano.
Rafael Greca faz homenagem em velório de Margarita
Na manhã desta quarta-feira (21) foi realizada uma cerimônia aberta ao público no Memorial de Curitiba, para prestar as últimas homenagens à Margarita Sansone. Durante a despedida da primeira-dama, Rafael Greca lembrou da trajetória de Margarita.
“Essa era a entrevista que eu não gostaria de dar. Falar postumamente do meu amor da minha amada Margarita. Mas é também uma ocasião de memória, de gratidão nesse prédio que simboliza o nosso amor por Curitiba. Nesse prédio, perto da Igreja da Ordem e da Igreja do Rosário, onde nós fizemos durante 40 anos as festas de São Francisco voltadas para os mais pobres. A presença maciça do nosso povo de todos os bairros e de todos os estamentos sociais mostra como ela inspirava as pessoas e como o nosso amor por Curitiba. Nosso amor mútuo, era também reproduzido pelas pessoas como um parâmetro de fazer o bem”, disse Rafael Greca.
Além disso, Rafael Greca também citou as últimas palavras de Margarita: “Esse meu anjo, que viveu por quase 50 anos do meu lado, só fez bem a minha alma e eu sou muito orgulhoso dela, mas ela no leito de morte ainda me disse, eu estou muito contente com você. Só isso pode aliviar essa minha dor”.
Em seguida, Greca relembrou a trajetória de vida de Margarita e suas contribuições a população: “Pioneira dos direitos da mulher no Brasil, com a casa pousada de Maria para mulheres vítimas de violência, pioneira na distribuição de preservativos para os doentes de AIDS”.
Greca anuncia que irá criar projeto em homenagem à Margarita
De acordo com o prefeito de Curitiba, um projeto será criado com o nome de Margarita para continuar seu legado.
“Margarita foi pioneira no resgate social, no primeiro restaurante de um real do Brasil, e na pandemia, pioneira das mesas solidárias gratuitas, que agora são a marca. Eu pretendo constituir um fundo, com o nome da minha Margarita, para com isso alimentar muita gente e fornecer muita segurança alimentar para os mais desvalidos”, disse Greca.
Conforme informações divulgadas, a primeira-dama estava internada desde março no hospital Marcelino Champagnat para o tratamento de um linfoma. Na última sexta-feira (16), o estado de saúde ficou mais delicado, e a morte de Margarita, foi confirmada no início da tarde de terça-feira (20).
Quem era Margarita Sansone
Margarita era economista formada pela Universidade Federal do Paraná, e também estudou arqueologia e história de arte na Itália, além disso, era jornalista e professora de literatura francesa.
Anteriormente, desde o primeiro mandato de Rafael Greca, em 1993, a primeira-dama de Curitiba, foi atuante na área social da capital do Paraná. Um exemplo disso foi a criação da Fundação de Ação Social (FAS) e o Instituto Pró-Cidadania de Curitiba (IPCC).
Além disso, foi Margarita quem implementou o Vale Creche, a Linha Sopão e o primeiro restaurante popular no Brasil, o Restaurante Curitibano, com refeições pelo preço de R$ 1.
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