O Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) e ordenou nesta quinta-feira, 6, a libertação do ex-secretário de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, Edmar Santos. Ele estava preso desde 10 de julho, quando foi alvo de uma operação realizada pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) sob acusação de, no período em que foi secretário de Saúde, cometer irregularidades na compra de respiradores para tratar pacientes de covid-19.
Como é tenente-coronel da Polícia Militar, Santos permaneceu detido no Batalhão Especial da PM em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
O pedido de soltura foi apresentado pela subprocuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, e aceito pelo ministro Benedito Gonçalves. A subprocuradora afirma que o caso deve ser investigado no âmbito federal e não pelo MP-RJ, como vinha ocorrendo. O ministro do STJ também atendeu a esse pedido e transferiu a investigação para o Ministério Público Federal (MPF).
Na noite desta quinta-feira, advogados de Santos estavam no Batalhão da PM em Niterói tratando da libertação de seu cliente. Mas ele permanecia detido, aguardando trâmites burocráticos para deixar a prisão.
Consultado pela reportagem, o STJ afirmou que não comentaria o caso porque o processo tramita em segredo de justiça.