Presidente da Rodonorte rebate polêmicas dizendo que empresa deixa legado ao PR
A despeito de toda a polêmica do contrato da concessionária CCR Rodonorte com governo estadual, que está próximo de acabar, a presidente da empresa, a engenheira Thais Caroline Borges, afirmou que a concessionária deixa um legado ao estado do Paraná e que todas as obras previstas em contrato serão entregues.
A engenheira disse que a empresa tem a sensação de dever cumprido e ainda elenca as iniciativas entregues pela CCR em 23 anos de concessão:
- distribuição de mais de 60 mil kits de segurança para caminhoneiros durante este período de pandemia
- geração de mais de meio bilhão para os municípios paranaenses através de impostos
- entrega da duplicação de mais de 200 km de rodovias
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ressaltou ainda a presidente, sobre o dever cumprido pela concessionária.
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Com acordo de leniência firmado em 2018, no âmbito da operação Lava Jato, a concessionário tem protagonizado diversas polêmicas envolvendo corrupção e atraso de obras. Questionada sobre o assunto, Thais garantiu que “todas as obras que a Rodonorte precisa entregar até 27 de novembro estão de acordo com o contrato“.
A presidente até comentou que diante da CCR-Rodonorte ser uma das maiores empresas de infraestrutura do País, “não faria sentido não cumprir contrato”.
“O legado que deixa para o Paraná é uma mudança de patamar”,
afirma Thais
Saída com data marcada
A dúvida que fica é realmente como será o dia 27: levantar a cancela e vai embora? Thais diz que não, afirma que a preparação para o fim do contrato já está acontecendo desde agora, com a descaracterização dos automóveis que serão entregues e com a corrida para terminar as obras.
“Bens para a manutenção do estado, voltam para o estado”,
explicou a presidente da CCR-Rodonorte.
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Em relação a um possível “contrato tampão”, para que o Paraná não precise ficar três meses com as cancelas abertas, até o leilão das rodovias, a engenheira não mostra muitas expectativas. Segundo ela, há outros leilões que a CCR Rodonorte está se dedicando para conquistar, como a que envolve a Nova Dutra, no eixo Rio de Janeiro – São Paulo, outro de Minas Gerais, além do recente concessão ganha que envolve 15 aeroportos.
Erros de contrato
Tendo o vencimento do contrato cada vez mais próximo, Thais espera que os novos negócios que vêm pela frente sejam “mais estruturados, com um conceito mais definido”. Isso porque, segundo a presidente, o contrato fechado com o Paraná na década de 1990 teve muitos erros que são criticados até hoje. Para ela, espera-se que haja mudanças, pois já há uma evolução do conceito de concessão.
“Confio que será um modelo mais bem aceito, nas audiências, a população participou das discussões”,
Thais diz que o futuro agora é cumprir o atual contrato e estudar novas concessões.
Confira na íntegra a entrevista da presidente da Rodonorte, dada ao quadro Momento Empresarial, da Jovem Pan Ponta Grossa (FM 103,5). A entrevista vai ao ar nesta quarta-feira (1º), às 08h.