Presença do MST em curso revolta acadêmicos e professores na Unioeste
Politização nas universidades públicas preocupam docentes, que falam da dificuldade de preenchimento de turmas
A participação de estudantes ligados ao Movimento Sem Terra (MST) em um projeto da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) levantou questionamentos em alguns estudantes e professores da instituição, no Campus de Foz do Iguaçu.
O projeto em questão é o chamado
curso de Enfermagem com Ênfase em Saúde Pública da Unioeste, realizado em parceria entre a Universidade e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA), onde os estudantes passam um tempo na Unioeste.
Nas próprias redes sociais da instituição foram compartilhadas fotos dos acadêmicos convidados usando a bandeira do MST. Inclusive, eles mesmo se intitulam como “Enfermeiros do MST”.
Parte da comunidade acadêmica alega que a politização pode afastar a chegada de novos estudantes na instituição.
“Alguns cursos da universidade não estão formando turmas. Quando conversamos com os pais, eles falam que não querem os filhos em universidades públicas, ‘para não serem alienados’. Por isso não procuram o ensino público”, desabafou um funcionário da Unioeste.
O que diz a Unioeste
Em nota encaminhada para a coluna, a Unioeste diz que o objetivo do curso é promover a educação da população do campo. Veja na íntegra:
“O curso de Enfermagem com Ênfase em Saúde Pública da Unioeste, campus de Foz do Iguaçu, é uma parceria entre a Universidade e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA), o órgão federal tem entre seus objetivos promover a educação da população do campo, e atualmente tem parcerias com diversas instituições de ensino públicas no Brasil, com diferentes cursos voltados especificamente a está população, funcionando na modalidade de alternância, onde os estudantes passam um período na Universidade e o outro realizando atividades práticas em suas localidades”.