Prefeito de Londrina se manifesta a favor da criação do Conselho Municipal dos Direitos LGBT

Publicado em 16 set 2021, às 14h17. Atualizado às 14h18.

Após ser retirada da pauta da Câmara de Londrina a discussão sobre o projeto de lei (PL) que elabora o Conselho Municipal dos Direitos LGBT, o prefeito de Londrina Marcelo Belinati (PP) usou as redes sociais para divulgar sua posição favorável à criação. “Infelizmente, ainda hoje se pratica a violência e o preconceito contra pessoas apenas por sua orientação sexual. E quem faz isso não quer que se debata o assunto; não querem que se busque soluções”, escreveu Belinati. O PL, que foi elaborado pelo Executivo, fica de fora das discussões até o dia 23 de setembro.

A suspensão temporária foi depois de diversas manifestações contrárias ao PL, para uma revisão de texto. A ideia é que este conselho se una aos outros 28 conselhos da cidade que discutem os mais variados assuntos, como desenvolvimento rural, direito das pessoas com deficiência e igualdade racial. Os envolvidos falariam sobre diretrizes para o combate a todos os tipos de violência e preconceito registrados contra a comunidade LGBTQIA+.

“O conselho vai juntar as diferentes populações que sofrem essa violência que sofrem essa violência, como gays, lésbicas, travestis e pessoas transexuais, para dizer ao município qual é a melhor forma de enfrentar essa violência. Seja criando campanhas educativas, seja regulamentando leis regulamentando leis que já existem na esfera federal ou aprimorando a nossa legislação municipal”,

explica Vinícius Bueno, membro do Fórum LGBT.

Jessica Ramos Moreno (PP), vereadora de Londrina conhecida como Jessicão, publicou uma nota contrária à criação do conselho. Ela escreveu em suas redes sociais que “quanto mais divisão, mas difícil fica a vida das chamadas ‘minorias’, permanecendo refém de pessoas que usam essa ‘pauta’ para se promover politicamente”. Confira o texto na íntegra:

Vinícius considera que a proliferação de notícias falsas colabora com a não aceitação de parte do público. “São informações totalmente equivocadas de que o conselho vai ter custo, de que as pessoas vão ter privilégios e alguma garantia com a existência do conselho”, explica. Em sua publicação, Belinati ressalta essas questões: “Não é remunerado, ou seja, não tem custo nenhum, é zero custo, e não tem nada a ver com escolas ou ideologia de gênero”.

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No dia 9 de setembro, houve manifestação no Centro Cívico de pessoas que, assim como Jessicão, são contrárias ao conselho. Para que ele seja aprovado, ao retomar à pauta, é necessário que 10 dos 19 vereadores de Londrina deem voto favorável.