Três partidos disputam 'no tapa' a vice de Eduardo Pimentel
Principal nome para compor chapa é Paulo Martins, mas ex-secretária Marilza Oliveira Dias e jornalista Jasson Goulart também são cortejados nos bastidores
A disputa entre legendas aliados pela vice de Eduardo Pimentel (PSD) na cidade de Curitiba segue intensa. Pleiteiam a vaga nesse momento os partidos Republicanos, Progressistas e PL.
O clã Borghetti-Barros, liderado pelo secretário da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros (Progressistas), não esconde a pretenção de ver a filha, a deputada estadual Maria Victoria (Progressistas), ocupando a vice-prefeitura. Mas, dentro do Palácio Iguaçu, a preferência é por um nome mais conservador e que dialogue com um eleitorado que foge da alçada de Pimentel.
Neste cenário, o nome que enche os olhos de Ratinho Junior é o de seu assessor e ex-deputado federal Paulo Martins (PL). Ter o jornalista na disputa seria parte do acordo entre PSD e PL, que foi celebrado em Brasília entre o próprio governador e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nas principais cidades do Paraná os dois partidos devem caminhar lado a lado.
Mas, Rafael Greca (PSD), o atual mandatário, torce o nariz para uma aliança mais à direita, principalmente porque nunca escondeu de ninguém que é mais próximo de Lula do que de Bolsonaro. Como um homem de centro-esquerda e pouco atrelado à política nacional, o chefe do executivo curitibano quer Marilza Oliveira Dias (Republicanos), a ex-secretária de Meio Ambiente da capital ocupando a vice-prefeitura.
Marilza, que saiu da pasta para estar livre para concorrer em outubro, tem apoio tanto de Greca quanto da primeira-dama Margarita Sansone.
O desgosto de Greca por um nome bolsonarista tem dificultado a relação e minado o acordo entre Bolsonaro e Ratinho Junior. O ex-presidente já declarou que só vem à Curitiba se o seu partido indicar o vice.
Fontes de dentro do PL afirmam que seguem negociando e que a sigla irá sim indicar um nome para compor com Pimentel, goste Greca ou não.
Jasson Goulart sondado pelo Palácio Iguaçu
E, correndo por fora, o jornalista Jasson Goulart (Republicanos), foi sondado pelo menos duas vez por integrantes do Palácio Iguaçu. Jasson é visto como um nome que pode agradar gregos e troianos, exceto o próprio partido.
Os motivos para tentar aproximar Goulart, nos bastidores, seriam de que o experiente jornalista é uma figura conhecida e considerada “da velha guarda” pelo curitibano, o que contrastaria e daria credibilidade ao nome de Pimentel.
Ainda é levado em consideração que Jasson tem apelo entre o eleitorado evangélico e teria carisma suficiente para agregar à candidatura governista.
Mas, dentro da própria legenda a preferência é por Marilza, isso porque Jasson é visto como “puxador de votos” para a Câmara de Vereadores. Hoje o Republicanos tem dois vereadores: Pastor Marciano Alves e Hernani.
Cristina Graeml não vai se encontrar com Bolsonaro
E em meio às especulações, circulou na imprensa a informação de que, com a dificuldade de fechar o acordo entre PSD e PL, a pré-candidata Cristina Graeml (PMB), se encontraria com o ex-presidente Bolsonaro na próxima segunda-feira (1), em Brasília, para buscar um apoio formal.
Mas, segundo fontes consultadas tanto no PL quanto na pré-campanha de Cristina Graeml, não há nenhuma reunião marcada entre a jornalista e o ex-presidente e todos os esforços, no núcleo bolsonarista de Curitiba, se concentram em confirmar a chapa Eduardo Pimentel e Paulo Martins.
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