Luciano Ducci insiste em projeto de metrô: "Não dá para imaginar Curitiba sem"
Ex-prefeito de Curitiba e candidato novamente ao cargo, Ducci ressalta que os três mandatos como deputado deram mais experiência
O ex-prefeito e candidato a Prefeitura de Curitiba Luciano Ducci (PSB) pretende seguir com o projeto de metrô na capital. Quando esteve na gestão da cidade o político não conseguiu a aprovação, mas como candidato incluiu o projeto nas propostas do plano de governo. O político, que tem o deputado estadual Goura Nataraj (PDT) como vice na chapa, reforçou que a capital paranaense também precisa de atenção na área da saúde, da educação e da infraestrutura urbana.
“Eu sou funcionário de carreira da Prefeitura de Curitiba, já tenho uma trajetória de mais de 35 anos dentro da prefeitura como médico de posto de saúde, secretário da saúde, prefeito, vice-prefeito, e acho que me sinto muito bem preparado para os novos desafios que a cidade apresenta. São desafios na área da saúde, da educação, da infraestrutura urbana, na questão social, é um momento especial ter essa oportunidade de disputar as eleições novamente e voltar a trabalhar pela nossa cidade”, contou Ducci.
O candidato foi o primeiro a participar da série de sabatinas da Jovem Pan News, que entrevistará os 10 candidatos à Prefeitura de Curitiba. O bate-papo contou com a mediação do âncora Marc Sousa e participação da jornalista Beatriz Frehner e do comentarista político Jeulliano Pedroso. Veja os principais pontos da sabatina com Luciano Ducci.
Luciano Ducci e o histórico com o metrô de Curitiba
Quando esteve na Prefeitura de Curitiba, entre 2010 e 2012, Ducci chegou a preparar um projeto para instalar o metrô na capital. Entretanto, a proposta esbarrou em alguns pontos e não teve continuidade nos governos seguintes. No plano de governo, novamente Ducci pretende avançar com o metrô.
“Em 2012, nós tivemos a oportunidade de fazer o metrô, sim, tinha dinheiro e o projeto estava pronto. Fizemos audiências públicas, não conseguimos licitar o metrô porque faltaram dois documentos, a autorização para licitação e componente nacional e não nacional. Daí veio o processo de eleição e não poderia mais fazer a licitação. Quem me sucedeu infelizmente não tocou um projeto que tinha dinheiro para ser executado, perdemos a oportunidade”, avaliou Ducci.
O candidato ainda ressaltou que não imagina Curitiba sem metrô em 40 anos. “Se eu for o prefeito, vou pegar sim o projeto do metrô, vou enfiar embaixo do braço, vou para Brasília tentar tirar recursos para fazer o metrô. Se vai dar certo eu não sei, mas tem que ter ousadia e coragem de pegar o projeto e levar adiante. Não dá para imaginar Curitiba daqui a 40 anos sem o metrô”, concluiu.
Desafio da esquerda em Curitiba
A chapa com Ducci e Goura pretende atuar ao lado do governo federal. Questionado sobre a presença de Lula na campanha, o candidato à prefeitura afirmou que caminhará com Lula pela capital caso o presidente da república consiga um espaço na agenda.
“Trazer o Lula ou não, não depende de mim, depende da agenda do presidente. Se ele vier em Curitiba será bem-vindo, vamos caminhar juntos sim”, declarou Ducci.
Apesar da ligação com a esquerda, o candidato do PSB reforçou que pretende conquistar todo o eleitorado com propostas. “Estou apresentando propostas para a cidade, nossas propostas concentram muito na área social. Eu não quero só trazer o eleitorado da esquerda. Quero trazer o do centro, o da direita, mostrando nossas propostas, que são boas para Curitiba, que trazem um avanço para nossa cidade e resolvem uma série de problemas sociais que temos enfrentado hoje”, comentou.
Até o momento, Ducci avalia os resultados da campanha como positivos, visto que aparece entre os candidatos com maior índices nas pesquisas e com chance de disputar um possível segundo turno.
“Acho que está dando certo, porque em todas as pesquisas estamos em segundo lugar e uma eleição que aponta para um segundo turno, então em tese estamos em uma disputa boa para ir ao segundo turno. Não temos escondido o PT, nem o PCdoB, nem o PV, o PDT está com a gente na chapa. A gente tem esse trabalho que vem sendo realizado no dia-a-dia. Em todos os momentos tenho dito de forma muito clara que eu tenho convicção que o apoio do governo federal é importante como estratégia de governo, para poder realizar aquilo que você espera fazer enquanto prefeito da cidade. Estamos juntos e tenho certeza que caminhamos para ir ao segundo turno”, completou.
Fim dos ônibus elétricos
Na área do transporte público, o candidato pretende mudanças significativas com relação a atual gestão. Entre os pontos, Ducci pretende retomar a tarifa domingueira, que foi implantada no governo de Beto Richa, que antecedeu a gestão de Ducci.
“Nós queremos fazer tarifa zero porque acreditamos que isso movimenta. Já aconteceu lá atrás, quando tínhamos a tarifa a R$ 1 em Curitiba, foi implantada na época que Beto Richa era prefeito, quando ele saiu eu dei continuidade. Depois que eu saí deram continuidade, mas aumentaram o valor. Daí o Greca acabou com a tarifa zero já nos mês de fevereiro no primeiro ano de mandato. Agora eles têm a proposta de voltar com a tarifa domingueira. Então eles ficaram oito anos e agora, na época da eleição, eles propõem voltar a tarifa domingueira. Nós acreditamos em um grande movimento na cidade, em parques, no Centro da cidade, pessoas indo para culto, para igreja, enfim, esse movimento todo gera comércio, gera atividade comercial na cidade, que acaba retornando de uma certa forma no final para o município”, comentou Ducci.
No próximo ano, está previsto um novo contrato para o transporte público de Curitiba. O último documento firmado, que segue vigente, foi realizado durante a gestão de Ducci. Para o próximo contrato, o candidato pretende renovar a frota e encerrar o projeto de ônibus elétricos na capital.
“O contrato que foi executado lá atrás, em 2010/2012, permitiu que Curitiba trocasse a frota em 1.200 ônibus, fizéssemos o ligeirão azul, mantivéssemos a tarifa domingueira, e depois disso, o que aconteceu, eu troquei 1.200 ônibus, até agora, depois da nossa gestão, trocaram 500 ou 600 ônibus. Então nós temos hoje uma frota velha, sucateada, com os ônibus de 16 anos rodando na nossa cidade. A licitação nova, teremos que pegar, montar um grupo técnico, discutir a licitação. O objetivo nosso vai ser diminuir a tarifa, ter um valor acessível. Mas outras coisas vão acontecer, primeiro, o modal ônibus, vamos trabalhar com ele a base de biocombustível, não vou investir em ônibus elétrico, trocar todos os veículos até 2050, porque não sei o que estão pensando na prefeitura, quem vai pagar esses ônibus? Se o ônibus for comprado, vai ficar caro, porque o preço de um ônibus elétrico custa cinco vezes mais que um convencional. Se or por conta da redução da emissão dos gases do efeito estufa, se for isso, o biocombustível resolve isso tranquilamente. O biocombustível reduz em cerca de 80% a emissão de gases”, analisou o candidato.
Polícia Municipal e novas contratações
Na área da segurança pública, Ducci pretende substituir a Guarda Municipal pela Polícia Municipal. O projeto conta com a contratação de cerca de mil novos agentes, que atuariam mais voltados a comunidade.
“A polícia Municipal Comunitária que estamos propondo ela vem ao encontro do sistema único de segurança pública já aprumado desde 2018, já tem parecer do STF dizendo que as Guardas Municipais compõem o sistema única de segurança pública e já têm municípios de grande porte implantando as polícias municipais, como é o caso de Belo Horizonte […] a grande demanda da cidade é por segurança, temos que ter uma polícia municipal que atue nos bairros, que seja presente próxima das pessoas, que ande pelo comércio da cidade, que conheça o diretor da escola, o diretor do posto de saúde, enfim que conheça as pessoas, vamos transformar a Guarda em Polícia Municipal”, declarou Ducci.
O candidato ainda apontou que o efetivo de guardas diminuiu nos últimos anos. “Quando eu deixei a prefeitura nós tínhamos 1.740 Guarda Municipais, hoje nós temos 1.400. Se você quiser ampliar realmente a segurança na nossa cidade, você vai ter que ampliar o efetivo”, concluiu Luciano Ducci.
Confira a entrevista completa com Luciano Ducci:
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