Ex-primeira-dama estava internada há oito dias, vítima de um acidente vascular cerebral

O corpo da ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva, de 66 anos, que teve morte cerebral declarada na manhã desta quinta-feira (2), será velado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.

A mulher do ex-presidente Lula está sem aparelhos desde que os médicos do hospital Sírio-Libanês detectaram a ausência de atividade cerebral no início da manhã. A informação foi passada por uma fonte do Instituto Lula. Marisa está internada na UTI do hospital desde 24 de janeiro, quando foi vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Conforme boletim médico divulgado na manhã desta quinta-feira, já foram iniciados os procedimentos para doação de órgãos com a autorização da família. Está definido que serão doadas as córneas de Marisa.

Cremação

Ela havia manifestado a familiares o desejo de ser cremada, o que será atendido. A cerimônia de cremação está prevista para ocorrer no cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo do Campo (SP).

Solidariedade

Políticos e ex-ministros acompanham o ex-presidente e sua família no Sírio-Libanês. Estavam no hospital os ex-ministros Guido Mantega, Fernando Haddad, Miguel Jorge e Alexandre Padilha.

Durante a manhã, chegaram os senadores petistas Lindbergh Farias Gleisi Hofmann e Humberto Costa. Mais cedo, a ex-presidente Dilma Roussef divulgou nota de pesar.

Desde que Marisa foi internada, Lula recebeu apoio não apenas de seus aliados. Adversários no campo político também prestaram solidariedade nos últimos dias. O presidente Michel Temer ligou para Lula no primeiro dia de internação de Marisa.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB-SP), e o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), também entraram em contato.