Luiza Trajano (MagaLu), Presidente do Brasil?
Em entrevista para o jornal Estadão, o vice-presidente nacional do PT (Partido dos Trabalhadores), Washington Quaquá, sugeriu que Luiza Trajano, presidente do conselho de administração da rede Magazine Luiza, seria uma boa opção para vice na chapa presidencial de 2022, reeditando o sucesso do ex-presidente Lula e Zé Alencar. De fato, seria um sonho para o PT, mas um equívoco para Luiza. Explico:
Luiza Trajano é potencialmente muito maior do que o possível cabeça de chapa, Fernando Haddad, que sofre críticas dentro do próprio partido por ter se encastelado e desaparecido das ruas.
Ao contrário, Luiza tem uma atuação cívica e política (não partidária) muito ativa. Basta ver o movimento #UnidosPelaVacina e o #MulheresdoBrasil – iniciativas com impacto e capilaridade concretos, liderados por ela. Com isso, Luiza seria a vice dos sonhos de muitos candidatos, mas tem potencial de ser a grande novidade da centro-esquerda como candidata a presidente.
Luiza Trajano é uma empresária de sucesso, experiente na construção de diálogo do setor produtivo com o governo e possui ZERO vocação para poste de alguém, seja coronel, banqueiro ou presidente de partido. Convenhamos que esta é uma tremenda qualidade, talvez por este fato que alguns dirigentes partidários se mantêm afastados da ideia de considerar a possibilidade dela como protagonista. Preferem que ela alimente com sua credibilidade as já combalidas opções que reiteradamente apresentam ao eleitor.
As eleições de 2018 mostraram que os eleitores estão cansados dos velhos arranjos políticos e não se iludem com a retomada de fôlego do establishment nas eleições de 2020. As pesquisas ainda apontam que os brasileiros seguem insatisfeitos com a “política”. Caso os partidos queiram ver uma recuperação em sua credibilidade precisam deixar de fazer o mesmo de sempre, apresentar os mesmos nomes e ideias, seja a direita ou a esquerda.
Não sei se votaria em Luiza Trajano para presidente, dependerá de vários fatores, mas afirmo com toda convicção que ficaria muito feliz em ver novas ideias e nomes na disputa, não apenas o dela. Dessa forma, ganharia o Brasil e ganharia a democracia.