Lilibet: a rainha que viu o mundo mudar
A Rainha Elizabeth II acreditava que os seus poderes eram missões e destinos traçados por Deus – e pareceu, realmente, um golpe do acaso, porém, como um plano traçado: o tio de apaixonou e abdicou, o pai, questionado e convalescente desde sempre, viu bela a firmeza e condutas ideias para monarquia, até na espiritualidade que detinha.
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A menina Lilibeth, no íntimo, era simples, gostava do campo, de pets e cavalos, foi criada em áreas rurais. Como Rainha, posto assumido em 1951, ainda no dia da morte do pai, entrosada em 1952, viu a transformação do mundo e da coroa, personificando o império britânico e apagando fogos internos familiares.
Mãe de 4 filhos, avó de 8 netos e 12 bisnetos; em 1992, relata ter o ano infernal – três filhos se separaram e assistiram, diante da tv, entrevista de Diana ao se separar de Charles, alegando que havia três pessoas naquele casamento.
Humorada e resiliente, sempre jogou com conduta de monarca, ou seja, resoluta, em seu favor. Casos internos demostram isso: destituiu o filho acusado de fazer parte de esquema de pedofilia da corte real; viu acontecer a saída do neto, que tomara como filho depois da morte da mãe; aguentou os desmandos do Príncipe da Gales e as loucuras na cobertura do tablóides.
A rainha era moderna e tradicional ao mesmo tempo – paradoxo total -, sempre priorizando a coroa A coroação foi a primeira a ser transmitida em televisão, o aviso de morte, pelo Twitter; sofreu críticas severas ao endossar o aphartaid sulafricano, manter a política colonialista inglesa na África, Ásia e América, ao mesmo tempo, não ter reagido em prol de manter o Reino da Comunidade das Nações, destacando-se aos conservadores a perda da Índia, a maior colônia até então. Foi o fim do império que nunca fica sem a luz do sol.
Soube manter, em contrapartida, a coroa com a rocha da sociedade britânica moderna, adaptável e ainda entre as maiores nações do mundo. A vida foi confortável, mas com o toque pessoal anulado, em favor da coroa. Um caso chama a atenção: num dos arroubos de raiva da então Princesa de Gales, viu o marido dizer algo que Elizabeth II sempre deixou claro – ” ninguém é maior que coroa. Tudo e dedicação à ela”.
O desafio, agora, é manter a relevância da família real. A rainha conseguiu isso, com quase metade dos britânicos apoiando o sistema.
Elizabeth manteve os Windsor escrevendo a história do maior império da era moderna, com adoração nas 36 comunidades que já foram pertencentes e nas 15 remanescentes, exercitando um respeito interno e externo sem precedentes. Sintetizava a unidade, a continuidade e a autoridade. A “Betinha era pop”, carismática, ditou moda, tendências e foi até nome de banda. Charles III conseguirá fazer o mesmo? O tempo dirá. O trabalho é remontar a imagem do homem questionável que sempre foi. O ser humano morreu, erigiu o Rei. Quem será ele?
Era isso!
Sorte e paz!
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