Hospitais e menos filas de espera: propostas de candidatos à saúde de Curitiba
O tema está entre os assuntos mais comentados no debate desta quinta-feira (3). Candidatos apresentaram visões e propostas sobre área da saúde da cidade
O último debate para a Prefeitura de Curitiba aconteceu nesta quinta-feira (3). Durante o debate, o tema saúde pública foi central. Candidatos fizeram propostas e entraram em embate sobre o assunto.
Ney Leprevost e Roberto Requião comentam sobre a saúde de Curitiba
Ney Leprevost (UNIÃO) e Roberto Requião (Mobiliza) apresentaram propostas e críticas sobre o sistema de saúde da cidade e destacaram suas visões sobre a gestão e privatização do setor.
Requião abriu o tema com críticas ao que chamou de “privatização da saúde”, afirmando que essa prática prejudica o sistema ao contratar médicos recém-formados e sem especialização. Ele defendeu que a saúde pública não pode ser tratada como um negócio.
Ney Leprevost, em resposta, destacou sua experiência com a saúde pública e ressaltou que foi presidente da Associação dos Amigos do Hospital de Clínicas e conseguiu recursos federais para hospitais da cidade, como o Pequeno Príncipe e o Erastinho.
O candidato defendeu a necessidade de melhorar o atendimento básico, prometendo contratar mais médicos especialistas e criar policlínicas em todos os 75 bairros da cidade. “Vou zerar a fila de saúde valorizando os servidores, contratando mais médicos especialistas, fazendo as policlínicas para atender você que mora em um dos 75 bairros de Curitiba”, disse Ney Leprevost no debate realizado pela RPC.
O candidato também afirmou que, se eleito, implementará novas estruturas de atendimento, como a Clínica de Saúde da Mulher e o Pronto Atendimento Infantil, voltado para crianças.
Cristina Graeml e Roberto Requião falam sobre filas de espera
Cristina Graeml (PMB) e Roberto Requião (Mobiliza) criticaram o estado atual do sistema, com destaque para a questão das longas filas de espera por atendimento médico e a gestão dos recursos da saúde.
Cristina Graeml criticou o atendimento de urgências e emergências em Curitiba, afirmando que muitas pessoas estão esperando meses, ou até mais de um ano, para receber diagnósticos de doenças graves como o câncer. “Tenho recebido reiteradas denúncias de pessoas que estão há oito meses ou até mais de ano esperando para saber se um tumor é maligno ou não. E quem está com uma suspeita de um tumor não pode esperar”, afirmou a candidata.
Ela propôs uma solução temporária para reduzir as filas de espera, contratando clínicas e laboratórios da rede particular para atender os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em horários noturnos, quando esses estabelecimentos não estão atendendo os pacientes particulares. “A gente resolve ou pelo menos diminui a longa fila de espera por especialistas, contratando na rede particular e colocando os pacientes do SUS para serem bem atendidos, ainda que em horário noturno”, explicou Cristina. Ela também mencionou a construção de novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), com destaque para a zona norte, especialmente em Santa Felicidade.
Roberto Requião, por sua vez, argumentou que o modelo atual está desviando recursos da saúde e resultando em atendimento inadequado por profissionais sem especialização. “A privatização engole o dinheiro e médicos sem especialidades não podem resolver o problema”, afirmou Requião. Ele classificou a situação como um reflexo de incompetência administrativa e criticou gestões passadas por não resolverem o problema. “Quem não fez nada fará nada novamente”, declarou o candidato.
Maria Victoria e Eduardo Pimentel debatem saúde pública na capital paranaense
Maria Victoria (PP) questionou Eduardo Pimentel (PSD) sobre as longas filas de espera para consultas especializadas, mencionando que a saúde é uma das principais preocupações dos curitibanos. Ela também disse que mães de crianças com necessidades especiais enfrentam dificuldades por não conseguirem atendimento adequado, como sessões de fonoaudiologia.
Eduardo Pimentel defendeu os avanços realizados durante a gestão atual, em parceria com o prefeito Rafael Greca (PSD). Ele destacou que o tempo de espera para consultas de urgência ou emergência não ultrapassa 15 dias e anunciou a criação do Centro de Diagnósticos por Especialidades, com foco em novos equipamentos como raio-x, endoscopias e videoscopias. Além disso, Pimentel mencionou a construção de duas novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e seis unidades de saúde.
Pimentel também apresentou o plano para a construção de um hospital e maternidade no Bairro Novo, com 200 leitos, 57 unidades de terapia intensiva (UTI) e nove salas cirúrgicas. Para reduzir as filas de espera, ele propôs a compra de consultas na rede particular, inspirado no programa Corujão, utilizado em São Paulo. “A saúde não espera, e a saúde para mim é prioridade”, afirmou Pimentel.
Em relação à saúde mental, Pimentel mencionou a revitalização dos 10 Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) da cidade e a construção de mais dois centros para atender a demanda crescente.
Roberto Requião X Eduardo Pimentel
Em outro embate, Roberto Requião questionou Pimentel sobre a gestão atual por contratar funcionários por meio da Fundação Estatal de Atenção à Saúde (FEAS), o que, segundo ele, compromete a formação contínua do funcionalismo público e a qualidade do atendimento. Requião afirmou que essa prática contribui para o enfraquecimento do sistema de saúde de Curitiba, o qual ele classificou como o “pior dos últimos 40 anos”.
Eduardo Pimentel defendeu as ações da gestão municipal, destacando que todas as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e unidades de saúde de Curitiba são 100% públicas e não terceirizadas. Ele esclareceu que a FEAS, uma entidade paraestatal gerida pela prefeitura, auxilia na contratação de profissionais da saúde, como médicos e enfermeiros, por meio de concurso público. Pimentel também afirmou que, se necessário, utilizará parcerias público-privadas, mas sempre priorizando a eficiência e o benefício para a população.
Pimentel reforçou o compromisso de construir duas novas UPAs e seis unidades de saúde, assegurando que a saúde pública de Curitiba continuará sendo de gestão municipal. Ele afirmou que os serviços de saúde são bem avaliados pelos usuários e que as parcerias não comprometem a qualidade do atendimento. “Eu não tenho medo de concessões e parcerias público-privadas se elas forem benéficas para a população”, disse o candidato.
Requião, por sua vez, reiterou sua posição contrária ao que considera uma “fraude” na gestão da saúde, alegando que o modelo de contratação utilizado pela prefeitura prejudica o funcionalismo público e enfraquece o sistema de saúde da cidade.
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