Francischini aposta nos conservadores e anuncia Cássio Taniguchi como chefe do plano de governo
O pré-candidato a prefeitura de Curitiba Fernando Francischini (PSL) foca no público conservador e liberal, mas adota um tom moderado. Integrante do antigo partido de Jair Bolsonaro, o deputado estadual faz críticas a atuação do presidente. “Eu não sou um alienado do Bolsonaro, eu sou um aliado”. A fala explica sua proximidade com outra figura importante do cenário nacional, o ex-ministro Sérgio Moro, de quem se diz amigo pessoal. Sobre a briga de Moro e Bolsonaro, ele prefere não tomar posição. “Em briga de dois amigos você dá tempo ao tempo, é o que tenho feito“, desconversa.
O que Francischini faz questão de mostrar é a equipe que montou para definir seu plano de governo. O pré-candidato foi beber na experiência do ex-prefeito Jaime Lerner e dos técnicos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC). “O pensador do meu plano de governo, que está já há meses trabalhando comigo, é o ex-prefeito Cássio Taniguchi. Ele topou com a equipe técnica que trabalhou com o Jaime Lerner muitos anos escrever pela primeira vez um plano de governo para Curitiba. […] São obras que vão encher os olhos dos curitibanos”, anuncia.
O deputado estadual foi o nono convidado de uma série de entrevistas que o Jornal da Manhã Paraná, da Jovem Pan, está fazendo com os pré-candidatos a prefeitura de Curitiba. Ele diz que faria “quase tudo” diferente no enfrentamento ao Coronavírus em Curitiba. Francischini, critica o momento que Greca abriu e fechou o comércio, o que segundo ele, ocorreu por pressão política e não por critérios técnicos. O repasse de quase R$ 200 milhões as empresas do transporte coletivo e a redução da frota circulante durante a pandemia é motivo de outra crítica. O deputado ainda diz que não poderia ter sido proibida a prescrição de hidroxicloroquina e que postos de saúde não poderiam ter sido fechados. Ele conclui questionando os números reais sobre os leitos de UTI da cidade. “Cadê as mil vagas de UTI da Covid? Viraram 300 e agora vão virar mil mortes em Curitiba”, diz.
Francischini garante que a candidatura é pra valer, afastando boatos que negociaria um lugar na chapa de Greca. “Me orgulha muito a disputa que fazem pela minha esposa, o que que mostra que a minha candidatura é muito forte. Querem me tirar da candidatura e isso é impossível”, diz anunciando a data da convenção do PSL, que deve acontecer no próximo dia 12.
Sobre o uso do “fundão eleitoral”, quase R$ 2 bilhões de dinheiro público que os políticos reservaram para gastar em campanhas, diz que não há outra saída a não ser usar a verba e promete criar um ‘portal da transparência’ detalhando como vai usar o dinheiro.
Confira a entrevista na íntegra: