Elizabeth Schmidt quer licitar transporte e ampliar rede de saúde em Ponta Grossa

Candidata à reeleição apresentou suas propostas em entrevista à Jovem Pan News Ponta Grossa na manhã desta segunda-feira (21)

Publicado em 21 out 2024, às 13h34. Atualizado em: 22 out 2024 às 14h32.

A candidata à Prefeitura de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt (União), afirmou em entrevista à Jovem Pan Ponta Grossa na manhã desta segunda-feira (21), que pretende solucionar os problemas do transporte público com uma nova licitação, que prevê a eletrificação gradual da frota, caso seja eleita no segundo turno da votação, no próximo domingo (27).

Elizabeth Schmidt (UNIÃO) cita "trabalho contra corrupção" como ponto forte em PG
Elizabeth é a atual prefeita de Ponta Grossa (Foto: Jovem Pan News)

Durante a sabatina, a candidata, que concorre à reeleição, afirmou que pretende manter os atuais subsídios ao setor, que de acordo com ela forma importantes para reduzir o valor da passagem em Ponta Grossa. A meta a longo prazo é de chegar à tarifa zero para o transporte público.

“Esse contrato antigo e já obsoleto, ele engessou a nossa cidade e, desde que eu lembro desses anos todos diziam que é tudo imutável. Um dia eu fui para Itaiacoca e uma pessoa disse para mim, nós pagamos de R$ 20,00 a R$ 50,00 para ir para Ponta Grossa com uma van. E a lei antiga não permitia [que o transporte público] chegasse lá. E eu mandei um projeto de lei e consegui que fosse aprovado e nós levamos o transporte coletivo para Itaiacoca. Então eu tive a ousadia de prever na licitação a eletrificação gradual da frota. E isso já começa no ano um, e é por isso que talvez tenha sido impugnada”, explica a atual prefeita.

Que complementa falando sobre a possível redução do preço da passagem, atualmente com o valor de R$ 4,00.

“Eu já tive a coragem de baixar tá? Aí fui fazer subsídio porque eu acredito no seguinte, nós temos as gratuidades dentro da nossa cidade, o passe livre. Os idosos, os deficientes que não pagam, quem paga é a tarifa técnica de todos os usuários. Então eu baixei para ‘4 pila’ porque nós estamos dando subsídio. E eu acredito que esse foi um primeiro passo para um dia sabe, sei lá quando, eu não vou prometer agora, nós consigamos chegar numa tarifa zero, com a infraestrutura melhorada, nós vamos levar muito mais serviços aos bairros, conforme está projetado e organizado”, complementa.

Habitação

Já sobre as propostas para enfrentar o elevado déficit habitacional de Ponta Grossa, o terceiro maior do Paraná, e resolver o problema de ao menos 3 mil famílias que moram atualmente em áreas de risco, a candidata ao segundo mandato destacou que já existe a aprovação para a construção de milhares de casas já em 2025.

“Nós sabemos que as políticas públicas de habitação, elas mudaram muito durante esse período de tempo desde que existia a Prolar [Companhia de Habitação de Ponta Grossa], e foi esse o motivo pelo qual extingui a Prolar, porque as políticas públicas são federais, estaduais e municipais. Qual é o papel do município? Inclusive eu já assinei dois convênios agora há bem pouco tempo com o FAR (Fundo de Arrendamento Residencial), que é um convênio junto com o Governo Federal, onde o município tem que fornecer o terreno para 104 casas, parece que metade é na zona urbana e a metade na zona rural. E nós temos projetos nossos também, alinhados com a Cohapar, e nós temos projetos alinhados com iniciativa privada”, conta.

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Ela afirma que, ao longo de seu mandato, foram entregues mais de 10 mil casas dos programas Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, e Casa Fácil, do Governo do Paraná. E que novas moradias já têm construção prevista.

“A Casa Fácil, a Minha Casa Minha Vida, só nesse período foram mais de 10 mil casas entregues para as pessoas que tiveram seu financiamento através da Caixa Econômica Federal. E quem aprova tudo isso é o município. Então nossas políticas mudaram, nós vamos encarando tudo isso da forma como ela está acontecendo. Quanto mais parcerias nós tivermos, inclusive eu te digo que já temos aprovados para o ano que vem mais de 5 mil casas populares. E o nosso papel nesse momento e fazer com que a regularização fundiária aconteça. Nós temos mais de 6 mil projetos acontecendo, com o papel legal nosso da prefeitura, com várias outras ações que estão abertas. Então o Minha Casa Minha Vida entra com a sua parte, o Casa Fácil do Governo do Paraná entra com a sua parte, e o município com a sua parte para fazer as coisas acontecerem”.

Elizabeth Schmidt candidata plano de governo
Elizabeth Schmidt disputa o 2º turno à Prefeitura de Ponta Grossa (Foto: Instagram/ Elizabeth Schmidt)

Saúde

Elizabeth Schmidt também falou sobre suas propostas para a saúde da cidade, e rebateu críticas de que teria fechado o Pronto Socorro Municipal.

“Eu não fechei pronto-socorro nenhum. Eu entreguei o Hospital Amadeu Puppi, que era municipal, para o Governo do Estado. Eu assinei um convênio com o Governo do Estado e o hospital agora é estadual. Os leitos que tinham nele não foram jogados no lixo, os leitos foram todos para o Hospital Regional, que por sua vez trouxe de lá os ambulatórios para este prédio. E o reitor me disse que já vão abrir licitação para continuar a reforma e transformar o hospital Amadeu Puppi, que será estadual, num hospital dia”.

A candidata afirma ainda que ampliou a rede de pronto-atendimento na cidade e que o maior problema nesta área de saúde é a contratação de novos médicos, devido ao teto salarial oferecido pelo município.

“Urgência e emergência, são pronto-socorro, e acontece nas UPAs. E nós, com 372 mil habitantes, só tínhamos duas, a UPA Santa Paula e a UPA Santana, que se transformou em UPA credenciada só em fevereiro deste ano. E eu estou construindo e vou entregar até dezembro a terceira UPA. E com muito trabalho que nós conseguimos quebrar a pior das barreiras, que é a contratação dos médicos, porque o teto do salário não corresponde as expectativas dos médicos. Eu fiz três PSS, um concurso público e contratei um médico. Só consegui depois de todo o trâmite contratar os primeiros 40 credenciados. E agora nós temos 122 médicos já porque nós estávamos com menos 60 porque tinham ido embora os cubanos”.

Ainda nesta área, a candidata conta que pretende dobrar a capacidade do Centro de Atendimento à Criança, além de implementar um laboratório de exames clínicos no local.

“Quando as pessoas precisam de exames, elas ainda tem que fazer esses exames em algum outro lugar. Eu vou dobrar a capacidade do CAC e vou fazer com que tenha lá raio x e ultrassom, os exames mais básicos, e que seja rápida a resposta”.

Urbanismo e infraestrutura

Questionada sobre a reativação do chamado “mercadão”, que foi demolido depois que a empresa responsável pela obra desistiu de concluí-la, a candidata afirmou que pretende implantar o mercado em outro local e utilizar o terreno onde ficava o antigo para uma nova unidade de saúde.

“O mercadão é a alma e a cultura de uma cidade. E eu vou fazer com que o antigo Hospital 26 de Outubro se transforme nesse mercadão. O projeto nós já temos e nós temos que submetê-lo ao Compac [Conselho Municipal de Patrimônio Cultural] e ao patrimônio do Estado, porque ele é tombado. E lá nesse terreno que ainda está sub judice com a empresa que fez toda aquela confusão, eu quero construir um Centro de Saúde, porque é justamente muito próximo ao terminal central, muito próximo das pessoas, com muito espaço para estacionamento. Já divulguei inclusive o projeto. Lá vai funcionar a Fundação Municipal de Saúde”, afirma a candidata, que conta que o projeto atenderá diversas áreas da saúde.

“Vai ter lá um espaço para o laboratório municipal, que nós temos um laboratório num prédio já obsoleto. Vamos levar para lá o Centro de Especialidades Odontológicas, vamos levar muitas outras especialidades e serviços que nós pudermos para que as pessoas sejam atendidas num lugar só. Lá vai ter oftalmologia, vai ter uma ótica municipal com parceria com todos os credenciamentos que nós vamos fazer”, conclui.

Educação

A candidata fez um balanço da educação ao longo dos últimos anos, afirmando que a prefeitura trabalha para recuperar a enorme defasagem do ensino e a queda da média na nota do Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (IDEB) registrada após a pandemia da covid-19.

“Nós recuperamos uma nota que era, antes da pandemia, de 6,5 pontos no Ideb. Veio a pandemia e nós baixamos para 6,2. E agora nós conseguimos recuperar. Nós precisamos ser melhores que nós mesmos todos os dias. Me orgulha porque nós estamos recuperando uma defasagem enorme, porque isso é a média, mas nós temos escolas com 7,5. E inclusive na nossa conta nós estaríamos com 6,7. Nós recorremos dessa nota de 6,5”, afirmou, antes de destacar alguns programas implantados na rede municipal de ensino.

“Nós estamos plantando sementes para o futuro das nossas crianças. Os nossos laboratórios de aprendizagem criativa, o nosso programa maior, o guarda-chuva, que se chama sinapses criativas, é algo que nos aponta a recuperação dessa média do Ideb muito grande. Porque nós estamos plantando sementes de robótica, de inglês, para as crianças de quatro a cinco anos”, complementa.

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