Eleições em Curitiba: veja principais embates a duas semanas do pleito
Com o dia 6 de outubro a menos de duas semanas para chegar, os embates nas eleições em Curitiba devem ser intensificados entre os candidatos a prefeito.
Mas desde o início da disputa alguns embates entre os postulantes à Prefeitura da capital paranaense ocorreram.
Os motivos foram variados: presença (ou não) em debates, a gestão Greca-Pimentel, a disputa pelos votos da esquerda e até mesmo os radares de velocidade em Curitiba.
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Confira abaixo as principais polêmicas nas eleições de Curitiba até o momento:
Debates eleitorais
A Justiça Eleitoral estabelece parâmetros de acordo com a representatividade dos partidos no Congresso Nacional para as emissoras que realizam debates nas eleições.
Por essa legislação, os candidatos Cristina Graeml (PMB), Felipe Bombardelli (PCO), Roberto Requião (Mobiliza) e Samuel de Mattos (PSTU) não têm presença garantida nos debates eleitorais.
Essa presença nos debates tem gerado questionamentos desde o primeiro encontro, realizado pela TV Bandeirantes. Na ocasião, Cristina ainda enfrentava indefinições sobre o registro da candidatura e foi comunicada que não participaria do evento algumas horas antes de chegar a emissora.
Já no debate organizado pelo Plural, foi a ausência de alguns candidatos que chamou a atenção. Com a abertura para todos os postulantes, Eduardo Pimentel (PSD), Luciano Ducci (PSB) e Maria Victoria (PP) decidiram não comparecer.
Ducci e Pimentel foram duramente criticados pelos presentes por não terem decidido participar do debate.
Pimentel como foco
É comum que nas eleições o candidato da situação seja o mais visado pelos adversários e nessa disputa em Curitiba não é diferente.
Pimentel foi vice nos dois mandatos de Rafael Greca (PSD) e alguns pontos dessa gestão têm recebido maior atenção dos opositores.
O maior foco tem sido os radares de velocidade. Nos debates, sabatinas e nas propagandas eleitorais obrigatórias o tema é debatido.
Maria Victoria conseguiu na Justiça o direito de manter uma proposta alternativa às multas nos radares de velocidade. Após Pimentel tentar derrubar essa propaganda, o Judiciário considerou que a candidata poderia continuar a veicular o tema.
Quem é o verdadeiro candidato da esquerda?
Ducci e Requião tem criado uma rivalidade própria nessa eleição. Em um cenário acirrado para o segundo turno, os candidatos têm tentado se vender como o verdadeiro representante da esquerda.
No primeiro debate eleitoral – o único em que ambos estiveram presentes, Requião acusou Ducci de não ter defendido pautas importantes a esquerda, como ter votado a favor da Reforma Trabalhista e Reforma da Previdência.
Com Ducci fora do debate do Plural, Requião também subiu o tom e criticou o rival.
Mas, por enquanto, os embates parecem estar sendo iniciados por Requião, visto que o maior foco das críticas de Ducci é Pimentel.
Transporte público
Assim como os radares de velocidade, o transporte público de Curitiba tem sido motivo de críticas de todos os candidatos a gestão Greca-Pimentel.
Seja o valor de R$ 6 cobrado a cada viagem ou até mesmo a queda no número de usuários, há diversos questionamentos feitos pelos opositores.
E um ponto relevante é que o próximo prefeito de Curitiba será responsável por assinar o novo contrato de gestão do transporte público.
O anterior havia sido assinado por Ducci em 2006. Nesses 18 anos, a passagem de Curitiba saltou de R$ 1,90 para R$ 6 e a tarifa domingueira, que estabelecia catraca zero aos domingos, foi retirada ao longo desses anos.
Diversos candidatos defendem a retomada da tarifa domingueira e a redução do valor da passagem já em 2025.
Vices em ação
Nem mesmo os candidatos a vice-prefeito estão fora dos embates nessas eleições. Durante debate do Plural, os vices de Andrea e Cristina, Leticia Faria (PSOL) e Dr. Jaime Filho (PMB), respectivamente, entraram em rota de colisão.
Leticia acusou Jaime de ser “negacionista” em relação as mudanças climáticas e foi respondida em um direito de resposta, no qual o vice de Cristina acusou o atual Governo Federal de negligenciar as queimadas no país.
Outra questão envolvendo os vices foi relacionada com Paulo Martins (PL). Pimentel chegou a perder tempo da propaganda eleitoral por não respeitar o tamanho do nome de Martins nas publicidades de campanha.
Por outro lado, a chapa de Pimentel conseguiu um direito de resposta durante a propaganda eleitoral de Ducci, porque o ex-prefeito teria chamado Martins de “antivacina”.
Sobrou até para vereadora
Os embates não ficaram restritos apenas à Prefeitura e chegaram até a Câmara Municipal. Após ser provocada pela vereadora Amália Tortato a respeito do projeto do Governo do Paraná em terceirizar setores administrativos de algumas escolas estaduais, Andrea ironizou a antiga profissão da parlamentar.
Entre outros argumentos pontuados, Andrea cita que “é professora há mais de 30 anos”, tem “doutorado e é pesquisadora na área de políticas educacionais e gestão” e menciona que Amália “é, com todo respeito à sua profissão, comissária de voo”.
Amália entrou na Justiça e conseguiu impedir as visualizações ao material publicado no Facebook por Andrea.
Em nota, a vereadora pontuou que “a candidata do PSOL tentou me diminuir por eu ter sido comissária de voo. Não é a primeira vez que candidatas ou mandatárias de esquerda buscam me desqualificar em um debate de ideias com esse tipo de fala. Falam com um ar de superioridade, como se meu trabalho como comissária me tornasse menos inteligente ou capaz”.
Também por meio de nota, Andrea se manifestou e abordou que a decisão judicial “não determina a exclusão de vídeo” e sim “a abstenção de impulsionamento do vídeo”. A candidata ainda menciona que “não há qualquer tentativa de tratar a profissão da vereadora de forma pejorativa”.
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