Ducci e Goura se aproximam; Paulo Martins nega, por ora, ser vice de Pimentel

Em meio a formação de chapa para a eleição à prefeitura de Curitiba, as principais apostas da direita e da esquerda se concentram, respectivamente, no vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD), e no deputado federal Luciano Ducci (PSB).

E com os dois nomes se consolidando, principalmente após Deltan Dallagnol desistir do pleito para apoiar Pimentel e o PT oficializar apoio à candidatura do médico, a disputa entre siglas para compor com os dois postulantes esquentou.

Blogs da internet chegaram a divulgar que o PL havia fechado questão e que Paulo Martins seria vice na chapa encabeçada pelo neto do ex-governador Paulo Pimentel. Mas, diferentemente do noticiado, o jornalista afirma que nunca foi sondado e se quer articulou para estar na chapa governista.

“Isso tudo é especulação muito própria deste momento. É natural. Reforço que não me ofereci para ser vice, tampouco fui convidado para ser vice, ou participei de qualquer conversa nesse sentido. Tem muita coisa para acontecer e o meu momento pessoal até me impede de pensar nisso com muita intensidade”, diz Martins.

Em entrevista ao Grupo RIC, um dos maiores negociadores do PL no Paraná nestas eleições, o deputado federal e líder da oposição na Câmara dos deputados, Filipe Barros, afirmou que o PSD e o PL devem caminhar juntos nas cidades-chaves do Paraná, mas, em Curitiba as duas siglas apresentam seus próprios pré-candidatos e que, por enquanto, não há acordo definido.

Essa indefinição no núcleo bolsonarista abre espaços para a tentativa dos Barros de trazer a deputada estadual Maria Victria (Progressistas) para o centro da discussão, já que, no mundo ideal do secretário da Indústria Comércio e Serviços, Ricardo Barros (Progressistas), ter a filha ocupando a vice do afilhado político do governador Ratinho Junior (PSD) é uma boa aposta para o futuro.

Goura e Ducci falam em “afinidades”

E se no espectro à direita a situação ainda é indefinida, Luciano Ducci finalmente conseguiu oficializar o apoio do PT, apesar das críticas de pré-candidatos lulistas, como os deputados federais Zeca Dirceu e Carol Dartora e o advogado Felipe Magal.

Com o encaminhamento da presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffmann, a um apoio formal a Ducci, o próximo passo do pessebista é consolidar às esquerdas em uma “frente ampla” e o plano só vai dar certa se o deputado estadual Goura (PDT), que ficou em 2º na disputa pela prefeitura de Curitiba em 2020 topar aparecer na urna como candidato à vice.

Segundo o próprio ex-prefeito, ele e Goura tem “afinidades com o que pensam para a cidade” e esse é o principal ponto de convergência. Do outro lado, a recíproca é sim verdadeira: o deputado Goura também tem dado sinais de que está interessado em participar dessa aliança em oposição ao grupo de Ratinho Junior.

“Posso dizer publicamente que precisamos colocar a cidade de Curitiba acima dos projetos individuais. Sigo pré-candidato e dialogando construtivamente com os demais partidos para que possamos ter a melhor construção política para nossa cidade. Estou afirmando que esta afinidade de visão de cidade é o que deve conduzir nosso diálogo”, comentou Goura.

Apesar do avanço nas negociações, os acordos devem ser cravados apenas no final do semestre. Isso porque as convenções partidárias e registros de candidatura ocorrem de 20 de julho a 5 de agosto e, após a definição das candidaturas, as agremiações têm até 15 de agosto para registrar os nomes na Justiça Eleitoral.

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