Datafolha mostra Lula com 50% dos votos válidos contra 36% de Bolsonaro

Publicado em 29 set 2022, às 19h09. Atualizado às 23h26.

A possibilidade de a disputa eleitoral pela Presidência ser definida já no primeiro turno, no domingo (2), segue indefinida, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) somando 50% dos votos válidos, contra 36% do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), mostrou pesquisa Datafolha nesta quinta-feira (29), a três dias da votação.

Os votos válidos excluem os brancos e nulos, e também os indecisos da pesquisa. Para vencer na primeira rodada de votação, um candidato precisa ter mais da metade dos votos válidos.

No total de intenções de voto, Lula variou 1 ponto para cima e chegou a 48%, mesma oscilação de Bolsonaro, que foi a 34%. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais

Em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o petista venceria com 54% dos votos contra 39% do atual presidente, segundo o Datafolha, uma diferença de 15 pontos percentuais — na semana passada o placar era de 54% a 38%, uma diferença de 16 pontos.

A uma distância considerável dos dois primeiros colocados, o Datafolha mostrou Ciro Gomes (PDT) com 6% das intenções de voto, ante 7% na pesquisa passada, seguido da senadora Simone Tebet (MDB), com os mesmos 5% anteriores. Considerando os votos válidos, os dois repetem os mesmos desempenhos.

Os que pretendem votar em branco ou nulo somaram 3%, ante 4%, e 2% responderam que ainda não sabem em quem votar, mesmo patamar da semana passada.

A pesquisa também mostrou que Bolsonaro ainda é o candidato com maior rejeição entre os eleitores, com os mesmos 52% anteriores. Lula segue com 39% de rejeição.

A avaliação positiva do governo oscilou dentro da margem de erro: 31% avaliam a gestão de Bolsonaro como ótima ou boa, ante 32%, enquanto continua em 44% os que avaliam como ruim ou péssimo. O governo é considerado regular por 24%, ante 23%.

A pesquisa foi realizada entre terça e quinta-feira. O Datafolha entrevistou 6.800 pessoas em 332 cidades do país.

(Por Alexandre Caverni, em São PauloEdição de Pedro Fonseca)