Desde as eleições presidenciais de 2018 a produção de Fake News vem se tornando uma arma cada vez mais utilizada na política brasileira
Não se restringindo a militância, mas ultrapassando limites onde uma parte da mídia, que apoia o establishment, aderiu à prática e cada vez mais vem utilizando esse mecanismo para defender seus interesses.
Os parlamentares que seus partidos perderam as eleições presidenciais ano passado, os desafetos do PSL e o famoso Centrão que não conseguiram cargos no governo Jair Bolsonaro, uniram forças e começaram a planejar uma CPMI.
A Sigla, que significa Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, é um grupo formado por representantes da Câmara dos Deputados e do Senado com o objetivo de investigar supostas irregularidades no setor público nesse caso investigar as Fake News.
Eu digo isso, não porque estou querendo ofender alguém ou produzir Fake News e sim porque se analisarmos os membros que compõe a CPMI da Fake News são hoje opositores do governo Jair Bolsonaro.
Pensem comigo, quem são os parlamentares ou partidos que estão liderando a instalação e estão conduzindo a CPMI da Fake News?
- Senador Ângelo Coronel (PSD-BA), presidente da CPMI das Fake News;
- Relatora, deputada Lídece da Mata (PSB);
- Partidos de oposição como PT (Ruy Falcão e Gleisi Hoffmann), PSOL (David Miranda), REDE (senador Randolfe Rodrigues), PCDOB;
- Desafetos do PSL- Joice Hasselmann, Alexandre Frota ex-PSL e atual PSDB entre outros.
Fake News são criadas por diversos partidos e veículos de comunicação como já falamos anteriormente.
Só que assim como a comissão da verdade realizada no Congresso Nacional, só existe um lado que julga o outro.
É um tipo de Santa Inquisição produzida pela igreja Católica Apostólica Romana desde o século XV até o século XVIII. Só que nesse caso os opositores do governo eleito democraticamente nas últimas eleições por aqueles são parlamentares de partidos de oposição.
Temos alguns pontos que nos chamam muita atenção como: Todos requerentes serem partidos de oposição, os relatores são de centro esquerda e esquerda, a lista de acusados são pessoas que votaram ou fazem parte do governo Bolsonaro.
Enquanto os que foram intimados para sustentar as acusações de que esse governo possui robôs para difamar e atacar as pobres almas que são de esquerda por ideologia ou por conveniência, também apelidada Esquerda Caviar.
Caetano Veloso, a “deputada e ex-líder do governo, Joice Hasselmann”, o deputado Alexandre Frota, a deputada Gleisi Hoffmann, o youtuber Felipe Neto, o empresário Luciano Hang, proprietário da varejista Havan, o jornalista Allan dos Santos proprietário do site de notícias Terça Livre, general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional, o general Milton Cruz e muitos outros foram convocados como testemunhas em um total de 160 pessoas.
Dizem que entre esses depoentes estarão presente representantes do Google, Twitter, Facebook e de veículos de comunicação
Porém esse último grupo talvez seja retirado da lista porque os membros dos partidos de oposição, que comandam o show de horrores dessa CPMI Fake, oferecem resistência e pretendem em uma atitude muito suspeita retirar os veículos de comunicação da lista.
Isso abre o precedente a uma linha de pensamento de que a oposição está protegendo a grande mídia por temer que o apoio destes seja esvaziado.
E se assistirmos um pouco as sessões pela TV Câmara é visível que todos que acusam são políticos investigados por crimes de corrupção ou que estão com medo de serem processados por supostos crimes.
Um exemplo é o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ), que só queria perguntar ao jornalista Allan dos Santos se ele pertencia ao Pavão Misterioso e como conseguiram o material que mostrava as conversas do deputado, de seu marido Verdevaldo, deputado Marcelo Freixo (PSOL RJ), o senador Paulo Paim (PT RS) e o ex-deputado federal do PSOL-RJ, Jean Wyllys sobre a suposta compra de mandato.
O mais deprimente nesse caso era que, além de não contribuir com nada, o deputado David Miranda (PSOL-RJ) demonstrou não ter conhecimento da língua portuguesa e muito menos saber interpretar um texto.
Esse fato fez o jornalista Allan dos Santos, tirar sarro respondendo as perguntas do deputado de uma forma que ele não soube interpretar e passasse vergonha na sessão da comissão, resultando em motivo de piadas entre os deputados e senadores presentes.
Seguindo a linha de defender seus interesses, os demais parlamentares demonstraram estar se protegendo.
As notícias repassadas pelo Whatsapp e redes sociais entre as pessoas cansadas de tanta corrupção não eram de robôs ou radicais e sim de jovens, vovós e os vovôs, passando por vários grupos da sociedade independente de classes sociais.
O acesso a informações verídicas sobre diversas situações, as comunicações entre grupos para se mobilizarem, a descrença na esquerdomía, sempre associada ao establishment e a possibilidade de falar diretamente com os candidatos, uniu o povo e o resultado das eleições de 2018 já sabemos.
E se não fosse o suficiente essa afronta de CPMI das Fake News, totalmente desmoralizada perante a opinião pública, semana passada o presidente da comissão, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), solicitou ao presidente do Senado, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) que a CPMI das Fake News seja prorrogada até 2020 já que pelo regimento uma comissão tem 180 dias de trabalhos. Como faz parte do regimento do senado, foi acatado.
Na minha opinião esse “tribunal de exceção” disfarçado de CPMI tem a intenção de não só derrubar esse governo com falsas acusações como também de criar regulamentações que estipulem uma censura a população e a internet com criminalização de divulgação de informações e de mobilização das pessoas, com a petulância de amedrontar 210 milhões de pessoas.
A democratização da comunicação por meios digitais é um perigo para a esquerda e seus parceiros da mídia.
Vamos pensar, se as pessoas puderem se comunicar e ter acesso a informações fora da mídia convencional como vão manipular as informações e os políticos populistas irão ser eleitos e reeleitos? Vocês acham que essa é uma CPMI para apurar e punir quem divulgou fake news ou podemos chamar da CPMI da Censura?