Câmara de Curitiba confirma cassação de vereador Éder Borges após condenação judicial

por Redação RIC.com.br
com informações da Jovem Pan News
Publicado em 27 maio 2022, às 12h05. Atualizado às 13h24.

A mesa diretora da Câmara de Curitiba confirmou no fim da manhã desta sexta-feira (27) a cassação do mandato do vereador Éder Borges (PP), que teve o trânsito em julgado de uma condenação por difamação. O ato declarando a perda do mandato será publicado na segunda-feira (30).

“Exatamente, a mesa diretora se reuniu, entendendo o parecer da procuradoria jurídica, a condenação faz com que o vereador perca os direitos políticos e vamos ter que emitir um ato declarando a perda do mandato”,

afirmou o presidente da Câmara de Curitiba, Tico Kuzma (Pros), em entrevista à Jovem Pan News.

A reportagem entrou em contato com o Éder Borges e aguarda retorno.

Kuzma explicou que o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) será consultado para, em até cinco dias úteis, o Legislativo convocar o suplente para a vaga de Borges. A Jovem Pan News apurou que a cadeira será ocupada por Mestre Pop (PSD).

Porém, Rodrigo Reis (PSL) já acionou a Justiça para garantir a vaga, em razão da discussão sobre a perda de mandato e a totalização dos votos.

Condenação

Éder Borges foi condenado pela Justiça por difamação contra a APP-Sindicato, entidade que representa os professores estaduais. O processo é de 2016, quando Éder Borges ainda não era vereador.

Ele diz ter sido condenado por um meme com a bandeira do comunismo em um colégio dizendo que era isso que o sindicato fazia com os estudantes.

Como o caso já transitou em julgado, ou seja, já foi confirmado em última instância, a perda de mandato seria automática, segundo a Constituição Federal a lei orgânica do município. Assim, não precisa nem passar pelo Conselho de Ética.

representação contra Éder Borges chegou até a Câmara por meio de uma denúncia feita por um cidadão, que questionou a existência de uma condenção criminal sem possibilidade de recurso, contra o vereador.

Éder Borges considerou absurda a condenação e afirmou que conta com o bom senso de seus colegas vereadores na avaliação do caso. Ele também informou que seus advogados estão atuando no caso e avaliando as medidas cabíveis.