Advogada de Curitiba está em lista para ser ministra do TSE: "Uma das maiores honras"
A advogada curitibana Rogéria Fagundes Dotti, de 41 anos, poderá ser ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na quarta-feira (27), o nome dela foi incluído pelo presidente do TSE, ministro Edson Fachin, na lista composta por quatro pessoas para assumir a vaga antes ocupada pelo ministro Carlos Mário Velloso Filho.
Rogéria participou nesta quinta-feira (28) do RN Opinião, da Jovem Pan News. Confira a entrevista na íntegra no vídeo no fim da reportagem.
Além dela, os advogados era Lúcia Santana Araújo, André Ramos Tavares e Fabricio Juliano Mendes Medeiros também foram sugeridos para a vaga.
Agora, os nomes passarão pelo crivo do Supremo Tribunal Federal (STF), que definirá três entre os quatro nomes para remeter ao presidente Jair Bolsonaro (PL), responsável pela escolha final.
O TSE é composto por, no mínimo, sete ministros, sendo três oriundos do STF, dois representantes do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois da classe dos advogados.
“Recebi com imensa alegria [a indicação]. Considero a participação perante o TSE uma das maiores honras que uma pessoa pode ter, sinto muita satisfação e alegria”,
disse a advogada, em entrevista à Jovem Pan News.
Segundo ela, a indicação se tornou mais importante pela forma em que se deu. Pela primeira vez, a lista – até então tríplice – foi paritária, com dois homens e duas mulheres.
“Para mim tem um significado muito grande, mostra preocupação real no sentido de estimular a participação das mulheres, não apenas no TSE, mas participação em geral, inclusive na política. Me parece extremamente importante hoje”,
afirmou Rogéria.
Perguntada sobre ataques feitos à urna eletrônica e acerca da forma como agiria como ministra, ela disse que entende o questionamento, mas afrmou que é “algo que já está decidido pelo STF e TSE” e que há “entendimento claro de que não há problemas com as urnas”.
Rogéria Fagundes Dotti se formou em direito em 1993 pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e, na mesma instituição, obteve o título de mestre e doutora em Direito Processual Civil.
Ela comentou sobre a relação com o ministro Edson Fachin, que foi professor dela na graduação, e com quem participou de grupos de estudos. O nome dela e dos outros três indicados saiu de uma lista de 20 nomes que foram entrevistados pelo ministro.