PEC das bondades ou kamikaze está aprovada
Há mais de 5 anos as contas governamentais são deficitárias, ou seja: gastamos mais do que arrecadamos. E o buraco vai aumentar – com a PEC Kamikaze ou das Bondades – em R$ 41 bilhões. Ela libera crédito nesse valor válido até 31/12/2022, vai tanger do auxílio de R$ 600, R$ Mil para caminhoneiros, incentivo ao etanol e tantas outras benesses; como em ano eleitoral o governo não pode criar benefícios sociais, era preciso emendar a Constituição, dando autorização para tal.
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Apenas 17 deputados votaram contra (os que têm o real discurso de austeridade fiscal). Situação e oposição votaram juntos, por motivos diferentes, ambos vendo nítidos ganhos eleitorais – quem é contra ajudar os mais pobres, os homens e mulheres da boleia e manter baixo o combustível?
Nada pingará nas contas dos estados, afinal, não tivemos redução de ICMS no diesel, condição fundamental de Brasília para ressarcir os entes federados. Não deram, não ganham. Terão que reduzir suas máquinas, idealizando cobrir o furo no caixa pela queda na alíquota do tributo. Ótimo: o estado precisa ser menor e aprender a gerenciar os recursos de forma inteligente e prudencial.
A discussão que quero causar é: eleitoreiro, ou não, motivado pelas pesquisas que tantos criticam, ou não, a ajuda é mais que necessária para o momento social que vivemos.
Nesse contexto atual, é necessário transferir renda e girar a roda econômica e social, mesmo custando tanto, o alerta é sobre o tempo e como sairemos dessas condições.
O dinheiro público não é infinito, que os populistas saibam disso (e os dois líderes das intenções de votos os são).
Por motivos nada republicanos, a classe política agiu de forma emergencial e, surpreendentemente, correta.
Os 33 milhões de brasileiros na linha da miséria agradecem.
Era isso.
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