Palestina registra 54 mortos horas após o fim da trégua entre Hamas e Israel
No Hospital Nasser, no sul de Gaza, um homem segurando um menino com o couro cabeludo ensanguentado gritava por ajuda. Outro menino com um corte na bochecha e lágrimas nos olhos estava deitado sob um cobertor. Um terceiro, com o rosto coberto de sangue, esperava por tratamento.
Poucas horas após o fim da trégua de uma semana entre Israel e o grupo palestino Hamas, que governa Gaza, o Ministério da Saúde do enclave informou que 54 pessoas já haviam sido mortas em ataques aéreos israelenses.
Imagens da Reuters do Hospital Nasser, o segundo maior da Faixa de Gaza, mostraram um fluxo constante de feridos sendo trazidos, enquanto outras pessoas choravam do lado de fora, ao lado de corpos de entes queridos mortos em ataques.
Grupos de ajuda humanitária e as Nações Unidas afirmam que uma pequena fração das instalações de saúde no enclave devastado ainda está funcionando, e essas não estão em condições de lidar com uma nova onda de vítimas.
“Os hospitais de toda a Faixa de Gaza carecem de suprimentos básicos, pessoal e combustível para oferecer cuidados primários de saúde na escala necessária, muito menos para tratar com segurança casos urgentes”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, na quinta-feira.