Lula determina retorno de embaixador em Israel após reprimenda de "persona non grata"
O embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, foi convocado pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, para consultas. Ele deixará Israel, chega ao país na quarta-feira e passa dez dias para conversar sobre a situação em Israel. O presidente foi considerado “persona non grata” pelas suas falas em que comparou a ofensiva israelense aos palestinos ao holocausto dos judeus.
Frederico Meyer foi convocado pelo governo israelense para um evento no Museu do Holocauso, em Jerusalém, quando ouviu do ministro das relações exteriores de Israel, Israel Katz, as críticas à fala do presidente brasileiro. Katz não entende hebraico e ficou exposto sem entender a reprimenda do governo israelense.
A convocação foi definida pelo presidente após uma série de conversas com a área diplomática do governo, além de alguns ministros.
Declarações de Lula
O presidente brasileiro tem emitido declarações sobre a guerra na Faixa de Gaza desde o inicio do conflito, mas elevou o tom das críticas em seu giro pela África, onde conversou com líderes importantes como o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, durante visita ao Cairo e o primeiro-ministro da Autoridade Palestina (AP), Mohammad Shtayyeh, em Adis Abeba.
“O que está acontecendo em Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula em coletiva de imprensa no domingo, 18, em Adis Abeba, Etiópia. O presidente brasileiro também criticou Israel ao afirmar que Tel-Aviv não obedece a nenhuma decisão da ONU e afirmou que defende a criação de um Estado palestino. Para Lula, o conflito “não é uma guerra entre soldados e soldados, é uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças”, afirmou. “Não é uma guerra, é um genocídio”, completou o presidente brasileiro.
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