Pesquisadores descobrem besouros no PR que podem ajudar a desvendar assassinatos

por Daniela Borsuk
com informações de Ciência UFPR
Publicado em 24 fev 2024, às 12h01. Atualizado às 12h09.

Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) descobriram duas novas espécies de besouros, uma delas na Região Metropolitana de Curitiba e Campos Gerais, e a outra em Rio Branco, no Acre. As espécies Aleochara leivasorum, encontrada no Paraná, e Aleochara capitinigra, no Acre, podem ajudar a polícia a solucionar casos de assassinatos, maus-tratos de pessoas e de animais.

Isso porque, segundo os pesquisadores Edilson Caron e Bruna Caroline Buss, da UFPR, os insetos são parasitas da pupa da mosca – camada externa de pele das larvas durante o estágio de metamorfose de larva para a fase de mosca adulta. Assim, eles se hospedam em moscas necrófagas, que se alimentam de cadáveres.

Com isso, ao observar a presença dos novos besouros descobertos, é possível mensurar por quanto tempo um cadáver ficou exposto. A informação é do portal Ciência UFPR.

“Em um cadáver com horas de exposição já temos moscas e besouros. O besouro que estudamos faz parte dessa fauna e, sabendo o nome da espécie, podemos avançar no estudo de ciclo de vida, comportamento, e, caso necessário, tentar responder alguma questão judicial”, diz o pesquisador Caron.

Os dados da pesquisa podem auxiliar, por exemplo, a esclarecer quanto tempo o cadáver ficou exposto [intervalo post mortem], se houve movimentação do cadáver ou ainda o tipo de morte, envolvendo ou não o uso de produtos tóxicos.

As descobertas são do grupo de pesquisa CNPq intitulado “Biodiversidade de Staphyliniformia (Insecta, Coleoptera)”.

A pesquisa é realizada desde de 2010 no Setor Palotina da UFPR, no Oeste do Paraná, pelo Laboratório de Pesquisas em Coleoptera (Lapcol).

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