VÍDEO: Delegado acusado de matar esposa e enteada chega em tribunal para júri

por Guilherme Becker
com informações da RICtv
Publicado em 8 abr 2024, às 10h13. Atualizado às 10h34.
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O réu Erick Busetti, acusado de matar a esposa e a enteada em março de 2020, chegou no Tribunal do Júri, em Curitiba, por volta das 8h30 desta segunda-feira (8). Em uma viatura da Polícia Penal, o réu foi escoltado por policiais até a parte interna do local. Erick utilizava uniforme do sistema penal e chinelo nos pés.

O delegado da Polícia Civil Erick é acusado de matar a esposa Maritza Guimarães de Souza, de 41 anos, e a enteada Ana Carolina de Souza, de 16. O crime aconteceu em 4 de março de 2020, no momento em que o casal vivia um processo de separação, porém, ainda morava na mesma residência. Uma filha do casal, de 9 anos, estava dormindo no instante em que Erick disparou contra a esposa e a enteada.

Assista ao momento da chegada do réu ao tribunal

Réu Erick Busetti chegou sem esconder o rosto no Tribunal do Júri (Vídeo: Rafaela Moreira e Robson SIlva/ RICtv)

Defesa pede igualdade para realização de júri

O delegado Claudio Dalledone Jr, responsável pela defesa de Erick Busetti, concedeu entrevista na manhã desta segunda-feira (8), instantes antes do início do júri popular. Aos jornalistas, o magistrado relatou que a equipe de defesa deve pedir o adiamento e a decisão será tomada pela juíza.

“Todo julgamento grandioso, com reserva de vários dias para acontecer, tem que passar por algumas peneiras. Nós identificamos algumas irregularidades que a juíza terá que definir em plenário. Por exemplo, provas que deveriam constar nos autos e foram juntadas na sexta-feira (5), isso já deveria compor o processo durante os quatro anos”, comentou Dalledone.

Dalledone conversou com a imprensa antes do júri do caso Maritza
Dalledone conversou com a imprensa antes do júri do caso Maritza (Foto: Rafaela Moreira/ RICtv)

O advogado do réu ainda relata que uma denúncia de feminicídio não pode ser baseada em um corte de vídeo.

“Não vamos permitir este júri com base naquele corte, naquele frame, tem todo um contexto que precisamos colocar o cidadão jurado. Afinal de contas, o que se alega é que houve um feminicídio. Um feminicídio comporta uma série de requisitos e que isso fica comprovado que não existiu a partir das imagens. Imagens essas que foram sonegadas pela defesa durante os quatro anos e agora, na sexta, vieram os autos. Por conta disso a defesa vai se colocar e queremos fazer um júri com todas informações contida nos autos, não podemos ser surpreendidos”, completou Dalledone.

Segundo Dalledone, a defesa pode comprovar que Erick Busetti tinha convívio familiar e cuidava da esposa e da enteada, sem violência doméstica.

Acusação não acredita em adiamento de júri

A assistente de acusação Louise Mattar Assad comentou antes do júri que não acredita no adiamento da sessão. “Só vamos ter um adiamento se abandonarem um plenário. Foi feito um requerimento na sexta-feira (5), a juíza indeferiu, falou que está precluso o pedido da defesa e só teremos um adiamento se abandonarem o plenário”, disse a advogada.

Para Louise, as provas contidas nos autos devem comprovar o femicídio por parte de Erick Busetti. “Nós temos principalmente provas de imagens, filmagens feitas naquela casa inteira. Acredito que ficou provada toda a denúncia, sem sombras de dúvidas […] Para a assistência de acusação a condenação (deve acontecer) em toda denúncia, em todos os artigos previstos na denúncia”, completou.

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