Vereador do Paraná é alvo de operação do MP por desvio de dinheiro público

Segundo investigações, o vereador é suspeito de ter recebido de R$ 12 mil reais entre 2021 e 2023 por meio da conta de seu filho

Publicado em 1 jul 2024, às 14h35.

O Ministério Púbico deflagrou nesta segunda-feira (1º), duas operações independentes que tratam de indícios da prática dos crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, fraude a licitações e organização criminosa por servidores públicos em Guarapuava, no litoral do Paraná. Entre os alvos estão: um ex-secretário municipal de Educação do Município (atualmente vereador), um engenheiro civil do Município e familiares dos dois agentes públicos, suspeitos de receberem propina. Os demais são seis empresas e nove pessoas vinculadas a um conglomerado empresarial que teriam realizado os pagamentos.

Conforme investigações, mais de R$ 100 foram desviados (Foto: reprodução/Gaeco)

Conforme as informações, as Operações Abecedário e Fogo no Parquinho investigam sobre crimes praticados entre 2021 e 2023. Ao todo foram cumpridos 34 mandados de busca e apreensão em cinco cidades do estado.

De acordo com o MP, os mandados ocorreram nas cidades de Guarapuava, Curitiba, São José dos Pinhais, Cascavel e Foz do Iguaçu, no Paraná. Além disso, também foram cumpridos mandados em São José, Agronômica, Braço do Trombudo e Rio do Sul, em Santa Catarina.

Conforme a operação da MP, as empresas, embora fossem do mesmo grupo e se submetessem a uma mesma administração, simulavam ser independentes. A ação ocorria meio da constante criação de pessoas jurídicas no nome de funcionários do grupo que atuavam como laranjas. 

“Desde 2021 vem sendo contratadas pelo Município para manutenção e conservação prediais de escolas e outros prédios públicos municipais, em licitações com objeto genérico (sem definição de exatamente quais reformas e melhorias seriam executadas) e valores milionários”, informou o MP.

Operação MP revela que vereador do PR recebeu R$ 12 mil

O ex-secretário é suspeito de ter recebido de R$ 12 mil reais entre 2021 e 2023 por meio da conta de seu filho. Já o engenheiro, que atuou tanto nas licitações quanto na fiscalização dos contratos, teria recebido montantes que superam R$ 135 mil por meio das contas bancárias dos companheiros de seus sogros, esposa e credores da empresa de engenharia familiar, nos anos de 2021 e 2022.

Além disso, outros oito mandados vinculam-se à Operação Fogo no Parquinho e tiveram entre os alvos o mesmo engenheiro civil da Operação Abecedário, bem como familiares e a empresa de engenharia dele. 

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