TRE-PR abre prazo para que Sergio Moro e Dallagnol expliquem gastos pré-campanha

por Guilherme Fortunato
colaboração de Rubens Chueire, da Jovem Pan
Publicado em 17 jan 2023, às 19h15. Atualizado às 19h17.

O Tribunal Regional do Paraná (TRE-PR) abriu o prazo de cinco dias para que Sergio Moro (União Brasil) e Deltan Dallagnol (Podemos) expliquem os gastos durante a campanha eleitoral de 2022. Os dois são alvos de uma ação movida pela Federação PT, PV e PC do B que tenta a cassação dos diplomas de deputado federal e senador. 

Os dois foram acusados na Justiça Eleitoral de abuso de poder econômico durante as respectivas campanhas. 

Eleito deputado federal pelos paranaenses, Deltan é acusado de ter feito pagamentos ao escritório do advogado Matheus Almeida Rios Carmos, seu ex-assessor, sem que fosse apresentada a origem dos recursos. A Justiça quer que ele responda sobre os pagamentos 

O que diz Deltan sobre a acusação 

Em nota, o ex-procurador da república respondeu a ação dizendo que Carmo foi contratado pelo partido e que ele prestou serviços de assessoria jurídica durante sua campanha. Deltan Dallagnol considerou a ação frágil e afirmou que as mesmas acusações já foram consideradas improcedentes pelo TRE-PR no ano passado. O deputado federal eleito ressaltou que na época os desembargadores consideraram o pedido improcedente por unanimidade ao entender que a ação era vaga e genérica e que não existem provas de irregularidades.

Gastos de Moro 

Já o senador eleito Sergio Moro se tornou alvo da apuração por gastos realizados durante a sua pré-campanha de 2022. o senador é acusado de não declarar à justiça eleitoral gastos de quando era filiado ao Podemos.

Os partidos também alegam que não foram apresentadas justificativas plausíveis para que Luís Felipe Cunha, o primeiro suplente de Moro, tenha recebido cerca de R$ 1 milhão por duas empresas que é proprietário, o que pode configurar um caixa dois de campanha.

O que diz Moro 

O ex-juiz Sergio Moro criticou a Federação pela tentativa de retirar o seu mandato, para ele a ação do PT é “mero choro de perdedor” e reflete o medo do partido de enfrentar uma oposição inteligente e democrática no senado. Moro também ressaltou que não teme a ação proposta, pois especulações fantasiosas não afetam a regularidade de suas ações.