Torcedor do Vasco é absolvido de tentativa de homicídio contra athleticano

por Giselle Ulbrich
com informações do ND+
Publicado em 3 ago 2022, às 17h56.

O torcedor do Vasco, Arthur Barcelos Lima Ferreira, foi absolvido da acusação de tentativa de homicídio contra o torcedor do Athletico-PR, William Batista da Silva, e de outros torcedores. A agressão ocorreu há nove anos dentro da Arena Joinville (SC), em dezembro de 2013, numa briga generalizada de torcidas que tomou conta da arquibancada e interrompeu o primeiro tempo de jogo.

Arthur também foi inocentado das acusações de lesão corporal, roubo e dano qualficado, já que utilizou o que encontrou pela frente no estádio para agredir outros torcedores. Um helicóptero chegou a pousar no meio de campo para socorrer as vítimas, o que fez a confusão ganhar repercussão internacional, já que a Copa do Mundo ocorreria no Brasil no ano seguinte.

Apesar de ter sido inocentado destes crimes, Arthur não escapou de ser condenado por “promover tumulto, praticar ou incitar a violência ou invadir local restrito aos competidores em eventos esportivos”, crime previsto no Estatuto do Torcedor. Para estes crimes, ele teve pena de um ano de reclusão, a ser cumprido em regime aberto, além do pagamento de 10 dias-multa no valor de 1/30 do salário mínimo.

Arthur foi o segundo torcedor a passar pelo Tribunal do Júri de Joinville (SC). Em 2018, Leone Mendes da Silva, que também é torcedor do Vasco e estava envolvido na briga, foi condenado a 10 anos de prisão em regime fechado.

Briga generalizada na Arena Joinville

O Athletico jogou contra o Vasco em 8 de dezembro de 2013. Apesar de mandar a partida, tinha perdido o mando de campo em Curitiba por causa de outra briga de torcida que tinha ocorrido num jogo anterior, contra o Coritiba. Por conta disso, foram jogar na Arena Joinville, pelo Campeonato Brasileiro.

O Furacão marcou o primeiro gol contra o Vasco aos 18 minutos do primeiro tempo, com chute de Paulo Baier. Porém logo em seguida a partida foi paralisada por causa da briga generalizada que se formou na arquibancada. Não havia policiais militares em campo, já que o combinado com os clubes era o de que uma segurança privada assumiria a função.

Mas, diante do tamanho da confusão, foi necessária a entrada da PM em campo. Por isto, a confusão demorou para se apaziguada. Além de William, que foi socorrido com diversos ferimentos e quase nu de dentro do estádio, outros torcedores do Athletico foram agredidos na confusão. Pelo menos quatro pessoas foram socorridas.