Sergio Moro no TRE: tudo sobre o julgamento que pode cassar o senador; acompanhe o tempo real
O julgamento que pode resultar na cassação do mandato do senador Sergio Moro (União) começa às 14h, desta segunda-feira (1º), no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em Curitiba. O político responde por abuso de poder econômico, por conta de ações cometidas durante a pré-campanha do processo eleitoral de 2022, quando o ex-ministro e juiz foi eleito senador com 1,9 milhão de votos.
Para o julgamento de Sergio Moro, o TRE reservou três datas: 1, 3 e 8 de abril. Entretanto, pode acontecer do processo ser finalizado antes do dia 8 de abril, dependendo da velocidade da definição dos votos por parte da corte.
O processo de Sergio Moro será analisado por sete membros da corte, incluindo o presidente da corte, o desembargador Sigurd Roberto Bengtsson. Caso seja condenado, o senador por entrar com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Julgamento de Sérgio Moro
O Portal RIC fará a cobertura em tempo real do julgamento de Sergio Moro. As informações estarão disponíveis a partir do início da tarde desta segunda-feira (1º).
Investigação contra Sergio Moro
A ação movida pela Federação Brasil da Esperança, que une o PT, PV e PC do B, e também pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusa o senador dos crimes de caixa 2, abuso de poder econômico, uso indevido de meios de comunicação e de assinatura de contratos irregulares.
Os partidos alegam que Moro gastou mais de R$ 2 milhões na pré-campanha para presidente e que isso o favoreceu na campanha para senador no Paraná, tendo mais visibilidade que outros candidatos. Caso as acusações sejam provadas, O ex-juiz pode ter o mandato cassado e ficar inelegível por oito anos.
Moro nega crimes
O senador Sergio Moro prestou depoimento na sede do TRE no dia 7 de dezembro de 2023. O político negou qualquer crime cometido durante a campanha eleitoral de 2022.
“Eles falam em caixa 2 e nada foi comprovado. Todos os gastos feitos tanto no período da campanha, como antes da campanha, foram declarados e feitos perante a lei pelos partidos políticos. Os gastos que eles apontam como excessivos, são gastos não relacionados com a campanha”, comentou Moro.
O senador também alegou que participou de um “teatro” e chamou as ações propostas de levianas. “Eles precisam provar aquilo que afirmam. Me sinto pessoalmente agredido”, finalizou.
A defesa de Sergio Moro, representada pelo advogado Gustavo Guedes, detalhou informações sobre os gastos da campanha.
“Deixando claro que Moro só veio disputar a eleição no Paraná em junho. Até então iria disputar a eleição em São Paulo e a Presidência. Portanto, não houve gastos aqui no estado. O mais comum é os partidos entrarem com ações de caixa 2 nas eleições. 98% dos gastos que eles apresentaram não foram gastos no Paraná, por isso não podem ser apresentados como gastos de pré-campanha”, explicou Gustavo Guedes.
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