Secretário de Maringá diz que Gaeco não recolheu documentos em seu gabinete
O secretário de Mobilidade Urbana de Maringá, Gilberto Purpur, se manifestou na tarde desta quinta-feira (8) sobre a operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que investiga a suspeita de fraude em uma licitação realizada no município.
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Em nota enviada para imprensa, Purpur disse que não houve qualquer irregularidade nos processos licitatórios na secretaria. Conforme o secretário, o Gaeco “não apreendeu qualquer equipamento ou documento na Secretaria de Mobilidade Urbana”.
Veja a nota na íntegra:
“Sou servidor de carreira da Prefeitura de Maringá há quase 30 anos e ocupei gerências e diretorias nas secretarias de Planejamento e Urbanismo, Serviços Públicos e Transportes, tendo contribuído com diversas gestões. Fui secretário de Transportes em 2008 e, atualmente, ocupo o cargo de secretário de Mobilidade Urbana. Sempre fui comprometido com a ética e a transparência em meu trabalho no serviço público e afirmo que não houve direcionamento ou qualquer outra irregularidade nos processos licitatórios. Todos os questionamentos e dúvidas levantados pelos órgãos de controle foram devidamente esclarecidos sempre que solicitados. Reitero que ao cumprir mandado judicial nesta quinta-feira, o Gaeco não apreendeu qualquer equipamento ou documento na Secretaria de Mobilidade Urbana. Continuo à disposição de quaisquer autoridades, órgãos e instituições, para prestar esclarecimentos”, escreveu.
A Operação
O Ministério Público (MP) de Maringá deflagrou uma operação na manhã desta quinta-feira (8) para investigar uma suspeita de fraude em uma licitação realizada no município. Um dos alvos da operação foi o gabinete do secretário municipal de Mobilidade Urbana, Gilberto Purpur.
A operação foi conduzida a partir de investigações realizadas pela 22ª Promotoria do Patrimônio Público de Maringá. Ao todo, foram cumpridos 7 mandados de busca e apreensão, sendo 3 em residências da cidade, 3 em empresas e um na Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana.
As investigações do MP foram iniciadas em 2020, após um questionamento do Observatório Social sobre o possível direcionamento de uma licitação para a compra de um playground. O inquérito do MP apura os crimes de fraude em licitação, corrupção, e lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Além dos mandados de busca e apreensão, houve também a quebra de sigilo bancário de alguns investigados. A reportagem tentou contato com o secretário Gilberto Purpur, mas ele estava com o celular desligado. A Prefeitura de Maringá deverá emitir uma nota oficial ainda nesta quinta.