Policial penal acusado de matar GM, em Foz do Iguaçu, alega que não se lembra do dia do crime
Na tarde desta quarta-feira (28), o policial penal Jorge Guaranho, acusado de matar o guarda municipal Marcelo Arruda, foi ouvido pelo Ministério Público Federal (MPF) em audiência realizada no Fórum de Justiça de Foz De Iguaçu. Durante a sessão, Guaranho preferiu permanecer em silêncio ao ser questionado sobre os fatos que terminaram na morte da vítima e respondeu apenas perguntas pessoais, como local de trabalho e valor do salário, por exemplo.
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Segundo o repórter Fidel Junior, da RICtv, os advogados do policial penal afirmaram que o cliente não se lembra do dia do crime. Guaranho também foi baleado na situação e ficou 30 dias internado antes de ser preso. Era esperado que, durante a audiência, a defesa e o Ministério Público fizessem as alegações finais, mas os advogados de Guaranho alegaram que não tiveram tempo de estudar um último laudo anexado ao processo, um croqui, do qual só tiveram acesso nesta terça-feira (27).
Com isso, o juiz concedeu prazo de 10 dias para o Ministério Público e a defesa fazerem as alegações por memorando. Após o prazo, a Justiça vai decidir se o policial penal vai ou não a júri popular.
Policial penal mata guarda municipal em festa de aniversário
O guarda municipal Marcelo Arruda, que também era integrante do Partido dos Trabalhadores (PT), fazia sua festa de aniversário com tema de homenagem ao PT e ao ex-presidente Lula, no dia 9 de julho. Guaranho, que não era convidado e nem conhecido de ninguém na festa, teria chegado ao local uma primeira vez. Houve um princípio de bate-boca, mas ele foi embora com a esposa e a filha em seu carro.
Depois ele voltou e já com arma em punho e atirou em Marcelo, que revidou e acertou o agente penal. Marcelo morreu logo em seguida. Guaranho foi socorrido e sobreviveu. Depois de 30 dias internado, ele recebeu alta. Era para ter ido direto ao presídio. Mas por falta de estrutura no Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, e por falta de vaga em outra unidade penal com atendimento médico, o juiz mandou Guaranho para prisão domiciliar.
Dois dias depois, a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR) anexou documento nos autos dizendo que tinham sim estrutura para receber Guaranho no CMP. Neste mesmo dia, durante a madrugada, o réu foi levado para a unidade penal na região metropolitana de Curitiba.