Novo inquérito vai apurar sumiço de imagens de câmeras do assassinato de petista em Foz
O juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3.º Vara Criminal de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, determinou a abertura de um inquérito à parte, para investigar o sumiço das imagens de câmeras de segurança do clube onde o guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, foi assassinado pelo bolsonarista Jorge Guaranho.
- Relembre o caso: Após receber alta Jorge Guaranho deve ficar preso
O inquérito deverá analisar se de fato as imagens foram apagadas do sistema e quem teria feito isso. Apesar do inquérito rodar em separado ao do homicídio, não se descarta que o resultado da análise possa encorpar as investigações do assassinato.
O pedido foi feito a partir de um laudo pericial, juntado ao processo. Peritos analisaram o equipamento que armazena as imagens das câmeras de segurança da Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu (Aresf), onde ocorreu o crime, e constataram que elas foram apagadas no dia 11 de julho, ou seja, dois dias após o crime.
“Ao analisar as configurações do equipamento identificou-se que o serviço de acesso remoto P2P estava ativado e que às 08h57min02seg do dia 11/07/2022 ocorreu um evento de ‘Limpar’ que apagou todos os registros de eventos do aparelho anteriores a esta data. Logo, pela análise dos logs presentes não foi possível afirmar se houve acesso às imagens na data de 09/07/2022”,
descreve o laudo pericial.
Relembre o crime: Jorge Guaranho atira em Marcelo Arruda
Marcelo Arruda comemorava seu aniversário no clube, com a temática do Partido dos Trabalhadores e de Lula. Jorge Guaranho chegou ao local, desceu do carro com uma arma na mão, gritou o nome de outro político e deixou o local. A festa continuou, no entanto, o suspeito teria retornado à associação, desta vez sozinho.
Ao perceber a presença de Guaranho, a companheira de Marcelo, que é policial civil, se identificou e, na sequência, Marcelo relatou que era guarda municipal. O policial penal não se intimidou e atirou contra o guarda, que também estava armado e revidou. Os dois homens foram baleados na discussão.
Arruda morreu em seguida e Guaranho ficou quase um mês internado, até ter alta hospitalar