Neymar deve depor nesta terça (18) sobre acusações de fraude e corrupção
BARCELONA (Reuters) – O atacante Neymar, do Paris Saint-Germain e da seleção brasileira, deve depor nesta terça-feira (18) sobre acusações de suposta fraude e corrupção em sua transferência do Santos para o Barcelona em 2013.
Nesta segunda (17), o jogador compareceu ao tribunal junto com os pais e representantes de dois clubes: os ex-presidentes do Barcelona Josep Maria Bartomeu e Sandro Rosell e o ex-presidente do Santos Odílio Rodrigues.
Eles ficaram no banco de réus mas a defesa de Neymar solicitou ao tribunal que o atleta fosse liberado da sessão porque a partida de ontem entre PSG e Olympique de Marselha terminou às 23h (horário local).
Prisão e multa
Todos os réus negaram qualquer irregularidade. O juiz José Manuel del Amo Sanchez aceitou o pedido de defesa de Neymar para ele prestar depoimento na terça-feira, em vez de sexta-feira, conforme planejado originalmente.
Os promotores espanhóis estão pedindo uma pena de prisão de dois anos e multa de 10 milhões de euros para Neymar.
O caso se concentra na alegação feita pela empresa brasileira de investimentos DIS, que detinha 40% dos direitos de Neymar quando ele estava no Santos, de que não recebeu sua fatia legítima da transferência do jogador porque o valor do negócio foi subestimado.
A DIS busca uma pena de cinco anos de prisão para Neymar, multas no valor total de 149 milhões de euros e que o atacante seja vetado de jogar pela duração de qualquer sentença proferida.
Como foi o primeiro julgamento?
Vestido de preto, Neymar e seu pai conversaram e riram com Rosell no saguão do tribunal antes do início do julgamento, pouco depois das 10h. No banco dos réus, Neymar às vezes parecia distraído, olhando para baixo e bocejando.
Ele riu quando o juiz José Manuel del Amo Sánchez sugeriu que ele deveria estar cansado depois de marcar o único gol na vitória crucial do PSG contra o Olympique de Marseille na noite de domingo.
A advogada Maria Masso, que defende Neymar e sua família disse que o jogador não cometeu nenhum crime e que os eventos que estão sendo julgados ocorreram no Brasil, argumentando que os tribunais espanhóis não têm competência para processar a família Neymar.
Por Fernando Kallas e Joan Faus