Mulher que matou o policial militar Rodrigo Federizzi vai à júri na segunda (11)

Publicado em 8 jul 2022, às 16h12.

Ellen Homiak da Silva Federizzi irá sentar no banco dos réus do Tribunal do Júri de Curitiba na próxima segunda-feira (11). Ela vai repsonder pelo assassinado do próprio marido, o policial militar Rodrigo Federizzi, na época com 32 anos. Ellen é acusada de matar a tiro, esquartejar e enterrar as diversas partes do corpo em pontos diferentes da área rural de Araucária, na região metropolitana de Curitiba.

O crime ocorreu no dia 28 de julho de 2016 no apartamento do casal, no bairro Tatuquara, em Curitiba. Ellen usou a arma da Polícia Militar, que estava em uso pelo marido, para matá-lo com um tiro nas costas. O filho do casal, na época com 9 anos, contou que acordou asssutado, pensando que o pai tinha matado a mãe ou vice-versa. Foi quando a mãe o mandou brincar no parquinho do condomínio.

Este foi o momento que Ellen usou para cortar o corpo do marido. E ainda confessou que quando chegou no osso, ela não sabia o que fazer. Então além de usar uma faca de caça de Rodrigo, para cortar o corpo, usou um serrote para desmembrar os ossos. Depois ela colocou as partes do corpo em uma mala e o restante em sacos plásticos. Levou até a área rural de Araucária e enterrou em covas rasas por lá.

Para disfarçar o crime, dois dias depois, em 30 de julho, Ellen registrou um boletim de ocorrência pelo desaparecimento de Rodrigo. Conforme o relato da mulher, Rodrigo havia saído de casa para investigar pessoas que teriam roubado cerca de R$ 50 mil das contas do casal e não voltou.

Na realidade, o motivo da discussão do casal, que estava junto há 15 anos, era a cobrança do marido para que ela explicasse como gastou R$ 46 mil que estava na conta do casal. Quando esta verdade veio à tona, a suspeita alegou que era viciada em jogos de azar e era compradora compulsiva.

Ela ainda alegou que matou porque o marido ameaçou deixá-la.

“Ele falou que estava cansado do meu comportamento, que ele ia me deixar, ia pegar o [nome do filho], ir embora e me deixar em tratamento. Aí, eu falei que  não, peguei a pistola coloquei na cabeceira da cama, destravei ela e dei um tiro nele”,

confessou à polícia. na época.

Elle ficou presa até fevereiro de 2020, quando ganhou o direito de aguardar o julgamento em liberdade. O júri popular de Ellen chegou a sermarcado para abril de 2020, mas acabou adiado por conta da pandemia e foi remarcado para a próxima segunda-feira (11).

Além de responder pelo crime de homicídio, Ellen também deve responder por falsa comunicação de crime de sequestro e tentativa de estupro da Delegacia da Mulher, na capital, feitos meses antes do assassinato de Rodrigo. O júri de Ellen deve iniciar às 9h30.