MP investiga ex-estagiário suspeito de ajudar foragido da Justiça
Alvo da Operação Creonte teria alertado um suspeito de estupro de vulnerável sobre a decretação da prisão, auxiliando na fuga do indivíduo
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MPPR) cumpriu nesta quarta-feira (25) dois mandados de busca e apreensão em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. As ordens judiciais fazem parte da Operação Creonte, que apura o possível vazamento de informações sigilosas de processo de estupro de vulnerável por um ex-estagiário do Poder Judiciário local.
Conforme as investigações do MPPR, em julho deste ano o então estagiário, ainda no exercício das funções, teria acessado informações do processo criminal, inclusive a expedição de mandados de prisão em curso. E então ele teria alertado um investigado sobre a decretação de sua prisão pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar de Ponta Grossa. Dessa forma, ele inviabilizou a captura do suspeito pela Polícia Civil. Na ocasião, o alvo do mandado permaneceu foragido por uma semana.
Suspeito é investigado também por possível ligação com integrante de facção criminosa
Ainda de acordo com o MP, as investigações tiveram início a partir de comunicação do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) sobre a possível ilegalidade. Ao longo das diligências, a promotoria identificou outros desvios de conduta do ex-estagiário.
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“Além do vazamento do mandado de prisão, foram obtidos indícios de que o então estagiário teria ligação com membro de facção criminosa e com escritórios de advocacia, e apura-se se ele teria se utilizado da função pública para beneficiar outros criminosos”, relata o promotor Antônio Juliano Souza Albanez.
Os dois mandados, expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Ponta Grossa, foram cumpridos em endereços relacionados ao investigado.
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