Ministério Público denuncia casal por tortura; crime aconteceu em 2021
Caso sejam condenados pelos três crimes apontados pelo Ministério Público do Paraná, os agressores podem pegar mais de 30 anos de prisão
O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou um casal por torturar um empresário, em 2021, em Curitiba. O homem, dono de postos de combustíveis, e a mulher, advogada, foram denunciados por três crimes. Ambos vão responder por cárcere privado qualificado, extorsão e corrupção de menores, pois o filho do casal, que tinha menos de 15 anos, foi incentivado pelos pais a agredir e quebrar o braço da vítima.
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A polícia só soube do crime no começo de 2023, quando encontraram as imagens da tortura em um celular apreendido durante uma operação que investigava a adulteração de combustíveis.
Conforme o Ministério Público, é possível identificar a vítima, um empresário, de 42 anos, que foi submetido a torturas e ameaças durante cerca de três horas. Toda a ação foi toda filmada pelo casal Ricardo Helial e Evandra Roso. Ainda segundo o MP, a vítima foi chamada pelos agressores para negociar o fornecimento de balcões para uma outra pessoa.
Contudo, ao chegar ao escritório da advogada Evandra Roso, o empresário foi mantido em cárcere privado, além de ser ameaçado e espancado durante várias horas.
O Ministério Público analisou os vídeos em que o homem foi agredido com socos, tapas e chutes durante, exatamente, duas horas e quarenta e três minutos. O casal utilizou um cacetete e uma máquina de choque na sessão de tortura. A dupla também jogou etanol no corpo do empresário e ameaçou atear fogo.
Outro agravante constatado na cena do crime foi a presença de um dos filhos dos agressores, na época, um adolescente de 14 anos.
O MP apontou que o crime teria acontecido após eles pagarem R$ 15,5 mil ao empresário que forneceria balcão e três vitrines ao casal. Porém, antes da data marcada para a entrega, Evandra organizou o encontro para obrigar a vítima a fazer o estorno do valor pago.
Além disso, o empresário foi obrigado a assinar três notas promissórias, em branco, e assumir dívidas inexistentes. Uma, no valor de R$ 100 mil, com Ricardo, e outra, de mais de R$ 80 mil, com Evandra. Essa foi mais uma forma utilizada pelo casal para obter vantagem econômica indevida. Depois de tudo isso, a vítima ainda teve que sacar R$ 20 mil e entregar em mãos ao dono dos postos duas semanas depois de ter sido torturado.
Pena pelos crimes cometidos
O casal foi denunciado deve responder pelos crimes de cárcere privado qualificado, extorsão e corrupção de menores. Caso sejam condenados por todos os crimes, podem pegar mais de 30 anos de prisão.
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